sábado, 15 de janeiro de 2011

Governo Federal recua e anuncia mínimo de R$ 545

Centrais sindicais vão exigir R$ 580

Brasília - As centrais sindicais, que se reuniram esta semana para firmar posição única em relação ao reajuste do salário mínimo, vão manter o foco na aprovação do reajuste de 13,75%, que eleva o piso a R$ 580.

Na terça-feira, dia 18, haverá manifestações da Força Sindical, CUT, UGT, Nova Central, CGTB, CTB, em São Paulo, em frente ao Tribunal Regional Federal, na Avenida Paulista. Será a primeira ação das que as seis centrais estão organizando em todo o País. O objetivo é reivindicar reajuste maior para o salário mínimo e para os benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

Os atos vão pedir, ainda, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, que vem prejudicando todas as categorias que tiveram correção de salários ou mesmo promoções, mas que vêem os ganhos caírem nas garras do Leão.

Governo federal recua e corrige mínimo para R$ 545

O governo federal recuou e decidiu aumentar a proposta de salário mínimo, que era de R$ 540, para R$ 545. Mas só a partir de fevereiro. O novo valor representa reajuste de 6,86% — acima, portanto, dos 5,88% propostos inicialmente pelo governo e com 0,39 ponto percentual de ganho real e 0,45 ponto percentual acima dos 6,41% oferecidos aos aposentados e pensionistas do INSS. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, após o término da primeira reunião interministerial conduzida pela presidenta Dilma Rousseff.

De acordo com o ministro, o novo aumento terá impacto de R$ 1,4 bilhão nas contas públicas este ano. Pelas contas iniciais, a reposição da inflação de 6,47% elevaria o valor para R$ 543, mas o governo decidiu arredondar para R$ 545, para facilitar operações nos caixas.

Além disso, a fórmula de reajuste do salário mínimo acertada entre o governo e as centrais sindicais será oficializada por meio de medida provisória e valerá para os próximos quatro anos. O modelo, válido desde 2006, determina que os reajustes sejam feitos a partir da recuperação das perdas inflacionárias pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. A mudança para R$ 545 é explicada porque o INPC, divulgado pelo IBGE e adotado para as correções do salário mínimo e do INSS, encerrou o ano passado com variação acima do previsto.

DIVISÃO DO GOVERNO

A presidenta resolveu ainda dividir a gestão de seu governo em quatro grandes áreas: Erradicação da Miséria, coordenada pela ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello; Desenvolvimento Econômico, a cargo do ministro da Fazenda, Guido Mantega; Infraestrutura e PAC, que será comandada pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior; e Direito à Cidadania, liderada pelo ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho.

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