sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cultura anuncia R$ 500 mil para Goiás Velho

Por: AE - Rafael Moraes Moura
A cidade de Goiás, também conhecida como Goiás Velho, vai receber R$ 500 mil para obras de escoramento em imóveis danificados pelas chuvas e enchentes que atingiram a região nos últimos dias, anunciou hoje a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. O centro histórico de Goiás Velho ganhou em 2001 o título de Patrimônio Mundial Cultural da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Uma equipe técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) fez vistorias para dimensionar os estragos provocados pelas chuvas. Foram verificados danos em três pontes, 47 imóveis e trechos de logradouros. Dois casarões coloniais do centro histórico desabaram, informou o coordenador executivo municipal da Defesa Civil de Goiás Velho, Danilo Valadares. Não há registro de mortes.

'São prédios históricos muito frágeis', disse a ministra, após visitar a cidade acompanhada do presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida. 'Precisamos começar a discutir imediatamente uma ação preventiva, porque as chuvas sempre vão acontecer'. Ana de Hollanda também defendeu a existência de grupos interministeriais voltados para os riscos de enchente em cidades históricas.

Na última segunda-feira, o Rio Vermelho, que corta Goiás Velho, transbordou, alagando ruas e assustando moradores. Por medida de prevenção, o acervo da casa da poetisa Cora Coralina já havia sido levado para a Igreja do Rosário. 'Quando o rio sobe, fica todo mundo apavorado', comentou Marlene Velasco, responsável pela casa.

A onda de chuvas afeta o turismo da cidade. A casa de Cora, por exemplo, é visitada por até 600 pessoas num único final de semana, com entrada a R$ 4. Com as chuvas, o endereço abrirá ao público, mas sem cobrança. Em 2001, uma grande enchente provocou danos ainda maiores ao município, atingindo pontes, muros, o monumento da Cruz do Anhanguera e o acervo da casa de Cora Coralina. 'Foi uma enchente catastrófica, essa de agora não chega nem perto, graças a Deus', disse Marlene.

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