sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Juíza tem uma semana para decidir se Bruno e mais oito vão a júri

A juíza da Vara Criminal de Contagem (MG), Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, tem uma semana a partir desta sexta-feira para decidir se o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza e mais oito acusados de participação no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta, serão levados a júri popular. Todos participaram, em outubro e novembro, de audiências de instrução com a magistrada e negaram a participação no crime, mas confessaram ter visto a estudante, que dizia ter um filho de Bruno, em algum momento entre os dias 6 e 10 de junho. Ninguém soube dizer, no entanto, o paradeiro de Eliza depois que ela foi levada do sítio do jogador, em Esmeraldas.

Os réus estão presos preventivamente em Minas Gerais desde julho. Em 27 de novembro, porém, Flávio Caetano de Araújo, motorista do goleiro, teve a prisão revogada e deixou a penitenciária Nelson Hungria. Ele foi excluído do pedido de júri popular feito pelo Ministério Público, mas ainda é parte do processo. A magistrada tem a prerrogativa de mandar a júri popular todos ou apenas alguns dos acusados.

Nas alegações finais que encaminhou à juíza na semana passada, o promotor de Justiça Gustavo Fantini afirmou que cada envolvido teve uma tarefa na trama. Bruno seria o mandante do crime, motivado pelo fato de não reconhecer o filho de Eliza como dele.

O amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi quem teria planejado o crime e contratado o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado pelo MP e polícia como quem a estrangulou e a esquartejou. Para colocar o plano em prática, "cooptaram" o adolescente J, 17 anos, primo de Bruno.

Os amigos Wemerson Marques de Souza e Elenilson Vítor da Silva, além do outro primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales, seriam os responsáveis por vigiar Eliza no cativeiro. Para o MP, a mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, e a ex-amante Fernanda Gomes Castro também tinham ciência que Eliza seria morta, embora tenham alegado ao longo do processo só terem sido chamadas para cuidar do filho dela, na época com 4 meses. Por isso concordaram e contribuíram para o desfecho do crime, conforme o MP.
Fonte:Terra

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