O presidente do Senado, José Sarney, afastou nesta terça-feira o agente da Polícia Legislativa que atingiu um estudante que protestava conta a reforma do Código Florestal que tramita na Casa com uma pistola de choque (taser). A medida vai ser mantida até que as investigações sejam concluídas.
Sarney apontou o caso como "lamentável" e pediu que a apuração dos fatos seja concluída em, no máximo, 15 dias. Segundo nota divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social do Senado, "Sarney reafirmou que o Senado Federal jamais tolerará violência ou qualquer tipo de abuso contra aqueles que se dirigem à Casa para defender suas ideias democraticamente".
Durante a tarde desta terça-feira, o aluno de geologia da UnB teria tentado apartar o conflito entre um amigo e um segurança que guardava a porta da Comissão de Constituição e Justiça. Ao intervir, o rapaz foi pego pelo pescoço, arrastado e tomou um tiro de pistola de choque. Após o incidente, ele prestou depoimento e foi indiciado por desobediência.
Os dois estudantes faziam parte de um grupo maior que protestava com gritos de defesa à floresta e tentavam colar cartazes vermelhos nas paredes do local. Ao serem censurados pela polícia, o grupo forçou a ação e o conflito teve início. Os manifestantes exigiam, também, entrar no plenário, onde se reuniam as comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura para votar o relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC).
A votação acabou com a aceitação do projeto após votação quase unânime.
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