VOCÊ CHAMA ISSO DE POLÍTICA ?

por Fabi Campos

Foi dada a largada, começa a politicagem pelas ruas da cidade, ela se espalha como se espalhou a peste negra na Europa e nós somos obrigados, outrora comungamos, com todo o lixo exalado por uma sociedade doente e hipócrita.

Alguns de nós até tentam afugentar-se, ficar reclusos, mas é impossível, estamos ilhados e quando não compactuamos somos obrigados a ver a germinação dos vermes que assolam essa sociedade.

É lastimável ver um povo que se vende por migalhas, um povo que se vende por um período pequeno, enquanto, deveria estar batalhando em prol de algo duradouro – povo preguiçoso. Infelizmente essas atitudes nada mais são do que reflexo da pobreza cultural e educacional que vivemos, reflexo de uma política imunda, reflexo da miséria a que muitos são submetidos por governantes que oferecem políticas de pão e circo.

Período de falsas honrarias, de “tapinhas nas costas”, de demagogias, de falsas promessas, já deveríamos estarmos cansados disso, já deveríamos ter dado um basta nisso, mas a elite pensante só age em interesse próprio e a massa se rende aos míseros reais oferecidos porque enxergam “possibilidades”. Possibilidades de comer carne, possibilidade de comprar uma roupinha, possibilidade de ter o leite do menino amanhã, porque foram contaminados por gerações a chamar esse lixo de política.

Nossos governantes se divertem às nossas custas, comem comidas caras, vestem roupas de grifes, desfilam em carros importados, enquanto muitos de nós não temos comida à mesa, enquanto muitos de nós não temos o que vestir. É admirável em meio a todas as canalhices a que somos expostos alguns de nós ainda ter a coragem de chamar isso de política, é certo que os gregos tremeriam se ouvissem isso.

Enfim, ao encerrar dessa grande palhaçada, todos choraremos e alguns ouvirão a música de Chico Buarque, Funeral de um Lavrador, a qual diz: “ é a parte que te cabe neste latifúndio, não é cova grande é cova medida” enquanto os algozes estarão em seus tronos, fazendo jus às honrarias de majestade.

Por: Fabiana Campos dos Santos Alves Gonçalves de Campos

Paranaiba/MS.