O Ministério da Educação vai cortar até o fim do ano 50 mil vagas de cursos nas áreas de saúde, administração e ciências contábeis, que tiveram resultados insatisfatórios em avaliações feitas pelo MEC. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo secretário de Regulação e Supervisão do Ensino Superior, Luis Fernando Massonetto, durante a divulgação dos resultados Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2010.
As instituições que serão afetadas não foram informadas pelo MEC e informações serão divulgadas nas próximas semanas. Os cortes vão incluir cursos que tiveram resultados insatisfatórios no Conceito Preliminar de Curso (CPC) em pelo menos dois anos do último ciclo avaliativo (2008-2010). O corte de vagas vai equivaler entre 20% e 65% da oferta de cada curso, dependo do resultado das avaliações.
O secretário informou ainda que pelo menos oito centros universitários que tiveram IGC 1 ou 2, considerados insatisfatórios, perderão a autonomia para abrir cursos ou ampliar o número de vagas. No caso das faculdades com baixo desempenho no mesmo indicador e que não têm autonomia administrativa para ampliar ou criar cursos, um processo de supervisão que incluirá a adoção de medidas de saneamento, como corte de vagas e suspensão de novos ingressos será instalado.
Os processos anteriores de supervisão do MEC tinham se concentrado nos cursos de medicina, pedagogia e direito. No total, mais de 34 mil vagas foram cortadas nessas áreas desde 2006.
Com informações da Agência Brasil
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