Durante a viagem do navio Veendam, da Holland America, que saiu de Valparaíso, no Chile, e atracou nesta terça-feira no Porto do Rio de Janeiro, pelo menos 79 passageiros dentre os 1,8 mil pessoas a bordo, sentiram mal-estar. Segundo informações passadas pelo secretário estadual do Turismo, Ronaldo Azaro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia sido notificada sobre o problema de saúde no navio desde o último dia 6 de novembro.
Desde que descoberto, a Anvisa vinha monitorando a situação no navio. O nome da doença que atingiu 72 passageiros e sete tripulantes ainda não foi divulgado oficialmente. Assim que o navio chegou no Rio, apenas duas pessoas ainda apresentavam sintomas de mal-estar intestinal.
"Se a Anvisa estava avisada e sabe qual foi o grau de contágio, ela comunicaria para a gente. Então, não teve um grau de infecção que pudesse contagiar outras pessoas aqui", disse o secretário ao afirmar que não há risco para a população fluminense.
Uma passageira americana morreu durante a viagem. Mas ainda não há confirmação sobre a causa da morte ou se ela tem relação com o problema sanitário. A Polícia Federal, que está investigando o caso, ouviu o médico responsável do Veendam e informou que a principal hipótese é que ela tenha morrido de causas naturais.
O corpo da vítima passará por uma autópsia no Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro. Dependendo da conclusão da perícia, a Polícia Federal poderá instaurar um inquérito criminal.
Ainda na manhã desta terça-feira a Anvisa inspecionou o navio e coletou materiais para exames. Segundo a Polícia Federal, os passageiros só saíram da embarcação depois de receberem um laudo emitido pelos agentes da Anvisa que estavam no cruzeiro.
O navio Veendam saiu de Nova York, nos Estados Unidos, há 36 dias. Ele passou pela Colômbia, pelo Panamá, Peru e Equador, antes de chegar ao Chile, há 16 dias. Passageiros relataram que depois da parada no Chile, a tripulação começou a dar orientações sobre cuidados com higiene pessoal, orientando as pessoas a lavar sempre as mãos e nunca tocar nos alimentos.
Alguns passageiros disseram que os garçons serviam as refeições com luvas e máscaras. Há informações de que a piscina foi interditada nos últimos dias.
A Secretaria Estadual de Turismo reclamou do fato de a empresa responsável pelo navio não ter avisado as autoridades portuárias sobre o problema a bordo. Por isso, houve desconforto no momento do desembarque e do embarque dos passageiros para a próxima viagem.
*Com informações da Agência Brasil
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