segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Venezuela prepara resposta aos EUA por expulsão de embaixadora


A Venezuela informou que já prepara uma resposta clara e firme aos Estados Unidos pela expulsão da cônsul venezuelana, Livia Acosta, que foi acusada de estar envolvida em um complô com iranianos há alguns anos. O suposto envolvimento foi revelado por um documentário de TV.

Durante uma coletiva improvisada na chancelaria chilena, em Santiago, o chanceler venezuelano Nicolás Maduro, no momento certo uma resposta "clara, firme e oportuna" será dada sobre este tema.

Os Estados Unidos ordenaram que Livia Acosta Noguera fosse expulsa após um documentário do canal hispânico Univisión, exibido em 8 de dezembro, indicar um complô com um grupo iraniano. Ela tem até terça-feira para deixar o país, segundo anunciou o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado, William Ostik, que disse não poder comentar muito o caso.

O documentário incluía gravações clandestinas sobre um complexo complô contra os Estados Unidos que teria envolvido as embaixadas de Venezuela, Cuba e Irã no México entre 2006 e 2008.

Entenda a história divulgada pelo documentário

Livia trabalhava como segunda-secretária da embaixada venezuelana no México em 2007, quando teria sido informada pelo professor mexicano Juan Carlos Muñoz sobre uma possibilidade de aplicar ataques virtuais às instalações nucleares dos Estados Unidos. De acordo com gravações divulgadas pela Univisión, Livia teria dito ao professor que queria estar ciente do complô, e que tinha acesso direto a conselheiros do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Posteriormente, um jovem estudante mexicano do professor Muñoz teria viajado ao Irã para ser doutrinado e estudar sobre a realização de atentados.

Segundo a versão norte-americana, os ataques teriam sido propostos pelo professor, especialista em informática, e mais dois embaixadores iranianos no México, Muhammad Roohi Sefat e Muhammad Ghadiri, entre os anos de 2006 e 2007. A Unvisión apontou ainda a colaboração da embaixada cubana na Cidade do México. A reportagem indica ainda atividades do Irã e do movimento islâmico Hezbollah na Venezuela e Argentina.

De acordo com o Departamento de Estado do país norte-americano, as informações exibidas pelo documentário são "preocupantes".

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