terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Banco de cordões umbilicais no Hemosul deve ficar pronto até 2012

Por:Ricardo Campo Junior
A implantação do banco de congelamento do cordão umbilical deve começar até a metade do ano que vem e deve ficar pronto até o fim do primeiro trimestre de 2012. A primeira etapa do processo começou ontem (13) com a vistoria técnica do local onde funcionará o armazenamento dos cordões.

A equipe é coordenada pelo diretor do Centro de Transplante de Medula óssea do Instituto Nacional do Câncer e coordenador da Rede Brasil, que agrega os bancos de congelamento de cordão umbilical dos Estados, Luiz Fernando Bouzas. Ele explica que Mato Grosso do Sul será um dos 13 estados brasileiros que terão banco de armazenamento do tipo e o segundo da região centro oeste, uma vez que já existe um em Brasília.

“A gente identifica quais são os hemocentros com maiores condições de receber o banco”, explica Bouzas, “outro fato é estimular os transplantes de medula óssea em Mato Grosso do Sul”.

O local funcionará onde atualmente está o almoxarifado do Hemosul. Esse setor será transferido para outro lugar no prédio. O próximo passo é redigir um projeto e solicitar os recursos para a reforma e equipamentos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento).

A expectativa é que, depois de encaminhado o documento, a verba seja liberada em até 90 dias. A partir de então começa efetivamente a implantação do local de armazenamento.

Funcionamento - O projeto envolve ainda outras instituições que terão participações bastante importantes quando o banco dos cordões umbilicais estiver funcionando. Bouzas explica que a coleta é feita logo após o parto e por isso será feita parceria com pelo menos duas maternidades da capital.
“As maternidades são identificadas pelo hemocentro. É feito um investimento também na maternidade”, diz o diretor. Os recursos serão aplicados nos hospitais na implantação de uma sala onde será feita a coleta e no treinamento de profissionais da área de enfermagem para realizar o processo com a qualidade técnica exigida. “É um projeto com muita preocupação com a qualidade”, diz Bouzas.

A retirada das células do cordão será feita apenas nesses locais. Caso a mãe, ao entrar em trabalho de parto, seja encaminhada emergencialmente para outro hospital não haverá o armazenamento.

As gestantes deverão obrigatoriamente fazer o pré-natal nas maternidades conveniadas para que se possam diagnosticar problemas que comprometam a saúde das células armazenadas. “Tem uma abordagem no pré-natal para ter certeza que o material não tem contaminação”, explica Bouzas.

As mães também têm que assinar os termos para certificar a doação, uma vez que a doação não é destinada para uso próprio, mas para pessoas, que por ventura precisem de medula óssea, em todo o país.

Essa é a grande diferença entre os bancos particulares. Nesses locais, segundo Bouzas, os pais pagam para armazenares as células e não sabem se usarão ou não, uma vez que é para uso próprio da família. No caso do banco público, poderá ajudar também outras pessoas.

No entanto, isso não implica que as células não possam ser usadas na mesma família do doador. “O banco tem duas atividades. Se a mãe está grávida e tem um filho doente, já usa o material logo após o parto”, explica Bouzas.

Estatísticas - No Brasil 85% dos leitos para transplantes são públicos. Por ano são feitos em média de 1800 a 2 mil transplantes por ano, sendo que existem 1.190.000 doadores cadastrados.

Atualmente já existem bancos de armazenamento do cordão umbilical funcionando em Santa Catarina, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Pernambuco e Pará. No Paraná e Minas Gerais os locais já estão em fase final de conclusão e devem ficar prontos até o final do ano que vem.
Junto com MS, serão implantados bancos também no Amazonas, Maranhão e Bahia, e, assim, abranger um maior número de pessoas em todas as regiões brasileiras.

Um comentário:

Ministério disse...

Olá, blogueiro (a),
Salvar vidas por meio da palavra. Isso é possível.
Participe da Campanha Nacional de Doação de Órgãos. Divulgue a importância do ato de doar. Para ser doador de órgãos, basta conversar com sua família e deixar clara a sua vontade. Não é preciso deixar nada por escrito, em nenhum documento.
Acesse www.doevida.com.br e saiba mais.
Para obter material de divulgação, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br
Atenciosamente,
Ministério da Saúde
Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/minsaude