
O senador Demóstenes Torres (GO), líder do DEM no Senado, afirmou neste domingo que fará um pedido para que a Procuradoria-Geral da República investigue o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. O democrata pretende pedir a abertura de um inquérito civil público já na próxima terça-feira. Fernando Bezerra é suspeito de favorecer o estado de Pernambuco com maior repasse de verbas federais da pasta e também é acusado de nepotismo.
"O ministro está descumprindo sua função. Faltou compostura a ele, que tem dado privilégio no repasse de recursos", disse Demóstenes.
O líder do DEM adiantou que a representação abordará a canalização da verba para o controle de enchentes em Pernambuco, a maior liberação de emendas para o filho - o deputado Fernando Coelho (PSB-PE)- e a manutenção por quase um ano do irmão, Clementino Coelho, na presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).
Entenda as suspeitas
A "Folha de S. Paulo" revelou que o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), teve um volume maior de emendas parlamentares liberadas na pasta do pai, o ministro da Integração, Fernando Bezerra.
De 219 colegas que solicitaram recursos para obras na pasta, apenas Coelho conseguiu que fosse empenhada a quantia completa de dinheiro que solicitou para o ministério: R$ 9,1 milhões.
E a confusão não acaba aí: este montante será aplicado em ações tocadas pela Codevasf, empresa pública presidida pelo irmão de Bezerra, Clementino Coelho.
O ministério alegou, em nota, que não houve favorecimento e que outros deputados tiveram "emendas aprovadas em percentuais equivalentes".
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