quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Bernardo: proposta de Dilma para mínimo é de R$ 540

Por: AE - Adriana Fernandes, Fabio Graner e Célia Froufe
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que a proposta da presidente eleita, Dilma Rousseff, para o valor do salário mínimo em 2011 é de R$ 540. O ministro também informou, em rápida entrevista após a cerimônia de balanço de quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que o Ministério do Planejamento deslocou 15 técnicos para trabalhar, inclusive neste fim de semana, no corte de gastos do Orçamento de 2011. Segundo ele, esses cortes serão necessários porque o governo fez uma estimativa errada de R$ 12 bilhões nas receitas previstas para o próximo ano.

Bernardo afirmou que a presidente eleita vai herdar um volume alto de restos a pagar de 2010. 'Será bastante, mas não tenho o número', disse o ministro. Ele afirmou que o governo vai empenhar (a primeira parte de uma obra pública) tudo o que for preciso neste fim de ano. Sua futura sucessora no cargo, Miriam Belchior, complementou dizendo que é normal no processo de execução orçamentária que haja uma elevação dos empenhos no final do ano.

O ministro do Planejamento disse ainda que o governo vai restringir as emendas parlamentares voltadas para eventos, que motivaram as denúncias contra o senador Gim Argello (PTB-DF), que renunciou à relatoria do Orçamento de 2011. 'Vamos fazer uma restrição total nessas emendas para eventos no ano que vem. Se o Congresso não tirar (do Orçamento), o governo vai restringir por conta própria. Estamos avisando antecipadamente ao Congresso', afirmou Bernardo.

Bernardo considerou as denúncias envolvendo Argello e a distribuição de emendas muito graves. Segundo ele, o governo já tinha algumas informações sobre problemas relacionados a essas emendas destinadas a eventos. 'Percebemos que há fragilidade. As denúncias indicam que é uma coisa séria', disse Bernardo, explicando que a Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério Público já foram acionados.

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