O coronel da Polícia Militar Djalma Beltrami, ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo), foi detido na noite desta quinta-feira. É a segunda vez que ele vai preso, desta vez agentes da Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Secretaria de Segurança foram até sua casa, em São João de Meriti.
O advogado de Beltrami, Marcos Espíndola, preferiu não se pronunciar, pois ainda não teve acesso ao mandado de prisão. O mandado foi expedido pela Justiça de São Pedro da Aldeia, cidade da Região dos Lagos. A acusação é a mesma: envolvimento com recebimento de propina do tráfico de drogas.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Seseg) informou que "agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil encaminharão o coronel Beltrami para um quartel da PM, ainda a ser definido, onde ficará detido de forma preventiva". O comunicado ainda dizia que a Seseg só se pronunciará após a conclusão do processo.
Beltrami substituiu o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira no comando do 7º BPM (São Gonçalo). Oliveira está preso sob a acusação de ser o mentor do assassinato da juíza Patricia Acioli.
Primeira prisão
Em dezembro do ano passado, Beltrami ficou preso por dois dias sob a acusação de ser o chefe de um esquema de corrupção no qual recebia a quantia mesnsal de R$ 160 mil de traficantes. Além dele, outros dez policiais foram presos pelo mesmo motivo.
"Eu nunca recebi propina na minha vida", disse ele, uma semana após ser libertado.
Ex-árbitro de futebol
O comandante de 45 anos, preso na manhã da última segunda-feira, atuava também nos gramados apitando jogos de futebol. Aposentado desde maio, ele fez parte do quadro de árbitros dos quadros da Fifa (2006 a 2008), da CBF (1995 a 2010) e da Ferj, por 22 temporadas: de 1989 a 2011.
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