Após a divulgação do terceiro relatório do BEA que indica erros da tripulação no acidente do voo 447, o SRZD conversou com o presidente da associação brasileira das vítimas do acidente, Nelson Faria Marinho. Ele disse que todos estão indignados com o resultado que culpa os pilotos e também reclamou da demora do governo do Brasil para resolver o assunto.
"Fiquei indignado com o relatório e a forma tendenciosa que acusaram o piloto. Desde o início, eles apontaram falha mecânica e agora querem acusar a tripulação. Acho que a empresa procura alguma forma de presar os empregos", disparou Marinho, que perdeu o filho de 40 anos no acidente.
Ele também destacou que os inquéritos brasileiros, um em Brasília e outro em Pernambuco, estão parados a espera de autorização para que o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) possa atuar. Marinho reclamou ainda que aguarda uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para conversar sobre o assunto, desde que ela tomou posse no cargo.
"O Cenipa é um órgão militar, por isso depende de uma autorização da Dilma para entrar no caso. Já tenho um relatório feito pelo Sindicato dos Pilotos, de Paris, traduzido para juntar nos inquéritos e colaborar com conclusão, mas estou de mãos atadas por falta de autorização do governo. A presidente prometeu conversar sobre assunto, inclusive, chegou a declarar que iria agendar um encontro em abril, mas até agora nada", ressaltou.
O voo 447 da Air France decolou do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, rumo a capital da França, no dia 31 de maio de 2009. As 228 pessoas que estavam a bordo morreram.
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