Para elaborar o plano de ação que visa promover o desenvolvimento de Caarapó o mutirão do Projeto Sebrae de Desenvolvimento Territorial de Mato Grosso do Sul (Prolocal) esteve nesta sexta-feira, dia 27 de julho, em 232 empresas do comércio local. Durante as visitas, os profissionais aplicaram um questionário que tem o objetivo de levantar as principais necessidades e identificar as características do setor no município.
Na tenda instalada na Praça, 44 pessoas foram atendidas pelo Sebrae e 13 decidiram ali mesmo formalizar o seu negócio. Como fez Andréia de Carvalho Prado, que está com o seu empreendimento aberto há 10 dias na cidade, uma casa especializada na venda de empadas. “Fiquei muito interessada, recebi informações e já me formalizei”, comenta.Ela está confiante no sucesso do negócio. “Já estamos com um fluxo grande de pessoas, buscamos como diferencial a especialidade em empadas e somos os únicos na cidade”, diz. Antes de iniciar no mercado Andréia esteve numa empadaria de Santa Catarina para conhecer o ramo. “Caarapó está crescendo, tem muita gente de fora, acredito que há espaço para mim”.
A pastelaria da Priscila Matos Passos já está instalada na cidade há um ano e meio e o movimento é crescente, segundo a empresária, que trabalha em parceria com a mãe. “Busco informação com os meus clientes sobre suas preferências, testamos recentemente uma nova farinha que deu melhor resultado na fritura do pastel. O pessoal comenta que gosta daqui pela higiene e qualidade”, afirma.O controle da venda é feito no caderno de caixa. “Minha mãe entende de fazer o pastel, eu atendo e vendo e meu pai cuida da parte financeira, está dando certo”. No comércio de roupas usadas desde 2006, Nereu Osmar Furlan desperta atenção pela postura empreendedora. Sempre trabalhou no varejo, como funcionário e decidiu ter o próprio negócio quando o irmão quis vender sua firma. “Empreguei aqui uma proposta diferenciado. Vendo com preço mais acessível, priorizando a venda à vista”, esclarece.
No entanto, ele explica que caso o cliente prefira parcelar tem a opção de utilizar cheque e cartão de crédito. “Atendo mais as classes C, D e E e dou condição para que meu cliente pague sem ter que prolongar em várias parcelas sua dívida”. Ele busca informação de mercado com foco no perfil de seu consumidor. “Não espero fornecedor, sei o que meu cliente quer e vou até os locais onde encontrarei o que preciso e trago para a loja”. Recentemente aumentou para cinco o número de funcionários, alugou um espaço maior para atender a clientela e em três anos planeja operar em prédio próprio.O Donizete Machado da Silva tem um ‘lojão’ de roupas usadas. Desde quando abriu a empresa, em 2003, pra cá percebe que o mercado de Caarapó mudou. “Melhorou. Desde que as usinas se instalaram na região, aumentou a oferta de emprego, o pessoal da comunidade indígena agora trabalha na cidade e compra aqui e também os empregados da indústria”, avalia.
Para anunciar as novidades e ampliar o número de compradores, faz anúncio nas rádios locais e utiliza o som de seu carro pelas ruas da cidade. “No inverno vendo mais, é só esfriar que as vendas crescem, então já preparo meu estoque neste período”.Apostando em novidade para o mercado de Caarapó, Odailson Santana Ramos, abriu há quatro meses uma serralheria em PVC. “Ninguem na cidade conhecia o serviço, então demoramos a ter um retorno financeiro, mas agora que já fizemos vários projetos e perceberam a qualidade do produto terei que me planejar para atender aos pedidos que se multiplicaram”, comemora.
A visita do Sebrae nesta sexta-feira, 27, em Caarapó encerra com o lançamento do Prolocal a partir das 19 horas na Câmara Municipal com a presença de autoridades locais, do diretor técnico do Sebrae, Tito Estanqueiro, do prefeito Mateus Palma de Faria, do presidente da câmara municipal, vereador Mario Valério, representantes de sindicatos, empresários e comunidade.
Matéria e foto: Sebrae
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