A promotora Deborah Guerner, acusada de envolvimento no esquema chamado de mensalão do DEM de Brasília, revelado em 2009, pediu à Justiça a restituição de R$ 280 mil, apreendidos na casa dela durante a Operação Caixa de Pandora, em junho do ano passado. O dinheiro encontrado pela polícia estava dentro de um cofre, enterrado no quintal da promotora.
Segundo o advogado Paulo Sério Leite Fernandes, o dinheiro tem origem lícita e estava comprovado no Imposto de Renda. Ele diz que sua cliente pediu o dinheiro de volta porque não estava mais conseguindo arcar com o tratamento psiquiátrico, já que seu salário foi suspenso em agosto.
"A Deborah tem tratamento psiquiátrico há seis anos, que não é coberto pelo plano de saúde. Foi internada várias vezes, inclusive no Hospital Sírio-Libanês, no mês passado, e não tinha dinheiro para pagar a conta", explica o advogado. Ele alega que Deborah sofre de transtorno bipolar.
Fernandes ressalta também que o pedido de restituição não precisa aguardar a definição do processo pois a relatora pode decidir a questão individualmente. O pedido foi protocolado no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no final da semana passada.
A Operação Caixa de Pandora descobriu um esquema de pagamento de propina que resultou no afastamento do então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Deborah Guerner e o ex procurador-geral do DF Leonardo Bandarra, são acusados de cobrar dinheiro do ex-governador para não revelar um vídeo em que ele recebe propina do delator do esquema, Durval Barbosa.
Com informações da Agência Brasil
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