A inflação brasileira foi classificada entre as mais elevadas do planeta e a previsão é de que continue assim até o fim de 2012. A informação foi divulgada pelo Banco Central (BC) durante esta quinta-feira, na apresentação do relatório de inflação do terceiro trimestre de 2011 pelo diretor de Política Econômica da instituição, Carlos Hamilton Araujo.
Em agosto, a inflação brasileira chegou a marcar 7,33%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), durante os últimos 12 meses partindo desta marca, o país só foi superado em elevação de preços pela Rússia, que chegou a 8%, e pela Índia, que ultrapassou este mesmo patamar.
Os números que apareceram na amostra de países selecionada pelo BC para comparação indicam que a inflação brasileira entre agosto de 2010 e o mesmo mês de 2011 ficou a cima da observada em países como a China (aproximadamente 6%), Estados Unidos (entre 4% e 5%), Nova Zelândia (entre 5% e 6%), e África do Sul (aproximadamente 5%). Também apareceram na listagem a Suécia, Noruega, Colômbia, México e Chile, todos com uma inflação corrente abaixo de 4%.
Para o Banco Central, a previsão de inflação ainda neste ano é de 6,4% e algo próximo a 5% para 2012. Essa projeção também deixa o Brasil a cima da grande maioria dos países neste quesito. Ainda assim, de acordo com o diretor de Política Econômica do BC, os números apontam que houve uma elevação da inflação em todo o mundo, como um fenômeno conjunto. A espectativa, segundo ele, é que haja uma queda geral destes preços em um futuro próximo.
Juros reais
Outro nível considerado grande em comparação com outros países é a taxa de juros do Brasil, que consta como a mais elevada de todas. O país marca mais de 5% ao ano em juros reais. No caso da Índia e Rússia, que também têm inflação corrente alta, os juros anuais estão entre zero e 1%. A China também figura neste nível enquanto os Estados Unidos, Reino Unido e Nova Zelândia, têm atualmente taxas negativas.
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