Brasília - A reforma política é uma "herança" do governo Luiz Inácio Lula da Silva que a nova presidente, Dilma Rousseff, deve liquidar logo no início do seu mandato. A avaliação é do presidente do PT, José Eduardo Dutra, que segue um sentimento do próprio presidente Lula. Na última quinta-feira, em reunião com ministros, Lula prometeu atuar diretamente na negociação da reforma.
"Tem um ponto que não envolve só o governo, envolve forças políticas, que é aprovar a reforma política. É algo que durante o governo passado não se conseguiu e que devia se aproveitar o primeiro semestre do ano que vem para colocar em pauta. Na minha opinião, essa deveria ser a primeira reforma a ser tocada. E o governo tem condições de ajudar a andar", disse Dutra.
Sobre a participação do presidente Lula nas negociações, Dutra afirmou que "o PT, o governo e o Brasil não podem prescindir da sua experiência, sua competência e seu talento". "Se ele atuar nisso, vai ser um fator positivo para que a reforma ande".
Na próxima semana, Lula e Dilma viajarão para Moçambique e, depois, participarão das reuniões do G20 (grupo das 20 maiores economias mundiais) em Seul, na Coreia do Sul. Quando a presidente eleita voltar ao Brasil, deverá encontrar o processo de transição mais avançado. "A expectativa é que eu já terei conversado com os presidentes de todos os partidos, para ouvir as demandas e já ter um panorama geral para ela poder se dedicar à composição do governo", disse Dutra, que já esteve em contato com a direção do PMDB e do PSB.
O presidente do maior partido aliado do governo e vice de Dilma, Michel Temer, levantou a proposta de que a distribuição de ministérios seja mantida como foi construída no governo Lula. Para Dutra, esse "pode ser um critério", mas a definição estará nas mãos de Dilma. A presidente eleita terá de avaliar a proposta diante das demandas de outros aliados, como PDT e PSB, que cobraram participação maior no Executivo.
Ao ser questionado se o PT poderia reduzir seus atuais 15 ministérios para atender aliados, o presidente do partido afimrou que "os diversos partidos vão colocar seus pleitos, mas a base de apoio é a mesma do presidente Lula e ninguém quer causar constrangimento ou provocar dificuldade para a Dilma". Para ele, a composição do novo governo tem que levar em conta, além da representatividade política, a capacitação técnica para ocupação dos cargos.
Congresso Nacional
Na conversa com Temer também ficou estabelecido que haverá um rodízio entre PT e PMDB na presidência da Câmara e do Senado a partir do ano que vem. A escolha de qual das legendas iniciará o rodízio ainda depende de conversas futuras. O protocolo evitaria disputa entre os dois partidos pelo comando das Casas.
Para o Senado, o governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), defende o tucano Aécio Neves para a presidência, como um gesto do governo de abertura para a oposição. "Eu respeito a proposta do governador Cid Gomes, mas não tem chance de acontecer, porque a tradição é sempre a maior bancada eleger o presidente e o PSDB é a quarta bancada", afirmou Dutra.
O presidente do PT avaliou que há outras formas de acenar à oposição e que a abertura do diálogo será uma iniciativa do governo.
"Tem um ponto que não envolve só o governo, envolve forças políticas, que é aprovar a reforma política. É algo que durante o governo passado não se conseguiu e que devia se aproveitar o primeiro semestre do ano que vem para colocar em pauta. Na minha opinião, essa deveria ser a primeira reforma a ser tocada. E o governo tem condições de ajudar a andar", disse Dutra.
Sobre a participação do presidente Lula nas negociações, Dutra afirmou que "o PT, o governo e o Brasil não podem prescindir da sua experiência, sua competência e seu talento". "Se ele atuar nisso, vai ser um fator positivo para que a reforma ande".
Na próxima semana, Lula e Dilma viajarão para Moçambique e, depois, participarão das reuniões do G20 (grupo das 20 maiores economias mundiais) em Seul, na Coreia do Sul. Quando a presidente eleita voltar ao Brasil, deverá encontrar o processo de transição mais avançado. "A expectativa é que eu já terei conversado com os presidentes de todos os partidos, para ouvir as demandas e já ter um panorama geral para ela poder se dedicar à composição do governo", disse Dutra, que já esteve em contato com a direção do PMDB e do PSB.
O presidente do maior partido aliado do governo e vice de Dilma, Michel Temer, levantou a proposta de que a distribuição de ministérios seja mantida como foi construída no governo Lula. Para Dutra, esse "pode ser um critério", mas a definição estará nas mãos de Dilma. A presidente eleita terá de avaliar a proposta diante das demandas de outros aliados, como PDT e PSB, que cobraram participação maior no Executivo.
Ao ser questionado se o PT poderia reduzir seus atuais 15 ministérios para atender aliados, o presidente do partido afimrou que "os diversos partidos vão colocar seus pleitos, mas a base de apoio é a mesma do presidente Lula e ninguém quer causar constrangimento ou provocar dificuldade para a Dilma". Para ele, a composição do novo governo tem que levar em conta, além da representatividade política, a capacitação técnica para ocupação dos cargos.
Congresso Nacional
Na conversa com Temer também ficou estabelecido que haverá um rodízio entre PT e PMDB na presidência da Câmara e do Senado a partir do ano que vem. A escolha de qual das legendas iniciará o rodízio ainda depende de conversas futuras. O protocolo evitaria disputa entre os dois partidos pelo comando das Casas.
Para o Senado, o governador reeleito do Ceará, Cid Gomes (PSB), defende o tucano Aécio Neves para a presidência, como um gesto do governo de abertura para a oposição. "Eu respeito a proposta do governador Cid Gomes, mas não tem chance de acontecer, porque a tradição é sempre a maior bancada eleger o presidente e o PSDB é a quarta bancada", afirmou Dutra.
O presidente do PT avaliou que há outras formas de acenar à oposição e que a abertura do diálogo será uma iniciativa do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário