segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Tiririca renderá R$ 2,7 milhões por ano para seu partido

Por:- AE
Ao fazer do palhaço Tiririca sua principal aposta eleitoral em São Paulo, o PR o transformou não apenas em puxador de votos, mas também em 'puxador de dinheiro'. Os mais de 1,3 milhão de eleitores que consagraram o deputado eleito valerão para sua legenda cerca de R$ 2,7 milhões por ano no rateio do Fundo Partidário.

Esse 'bônus Tiririca' equivale a mais de cinco vezes o valor aplicado pelo partido na campanha do candidato, na qual se apresentou como 'abestado' e celebrizou o slogan 'pior que tá, não fica'.

O Fundo Partidário é formado por recursos públicos e dividido de acordo com a votação de cada legenda. Graças ao desempenho eleitoral deste ano, o Partido da República - chamado por alguns de seus próprios líderes de 'Partido de Resultados' - vai elevar de 4,5% para cerca de 7,5% a sua fatia no bolo de R$ 201 milhões do fundo. Sua receita anual deve subir de cerca de R$ 8 milhões para pelo menos R$ 14 milhões.

Tiririca, que teve 6,4% dos votos para a Câmara dos Deputados em São Paulo, é o principal responsável por esse avanço, mas não o único. Em outros quatro Estados o deputado federal mais votado é do PR. Três deles tiveram até mais eleitores que o palhaço, em termos proporcionais - um exemplo é o ex-governador Anthony Garotinho, que teve 8,7% dos votos no Rio

Um comentário:

Aloisio disse...

Um dos absurdos como este teria que acabar. Puxador de legenda. Uma das piores chagas no sistema eleitoral vigente, entre outras.
O Fundo Partidário vem do cidadão que paga para que esses espertos da vida se deem bem. Pior que é o legislativo que aprova esse tipo lei eleitoral, em benefício próprio. É ilusão pensar que numa reforma, os nossos políticos acabariam com algo que lhes favoreçam.
Outra aberração no sistema político é a enxurrada de partidos nanicos ou de aluguel. Partidos sem expressão nacional que dificilmente conseguem eleger representantes no Congresso Nacional.
É apenas um comentário. Pelo contingente que foi eleito no Congresso Nacional, estamos muito aquém de uma reforma eleitoral séria e cívica.