A mentira compulsiva é um vicio, onde a pessoa mente por vontade própria e algumas vezes são resultados de traumas de infância, insegurança emocional que está relacionada à má educação. A dissimulação é um mecanismo de defesa de indivíduos que sofrem de falta de atenção, carência afetiva ou até desrespeito.
Os pais influenciam no desenvolvimento do caráter de seus filhos, entretanto pais sem princípios morais geram deficiências no aprendizado dos mesmos, que podem se tornar mentirosos compulsivos. O perigo está quando a mentira passa a ser frequente e a criança passa a incriminar outras pessoas.
Até os três anos de idade as crianças vivem no mundo da fantasia, dos três aos seis elas mentem sem maldade ou intenção de prejudicar seus pares. Por volta dos 7 anos a criança já distingue o verídico do falso, já os adolescentes conseguem discernir com facilidade quem está mentindo ou não.
As emoções infantis reprimidas são responsáveis pelas mentiras, ou seja as mentiras contadas por adultos é reflexo de problemas mal resolvidos na infância. Entre os dez e treze anos de idade, o individuo desenvolve a saúde mental aprendendo assim a ter suas próprias opiniões. Quando há algum transtorno de personalidade ou traumas nessa fase são desencadeados conceitos errados a respeito de tudo, causando assim a dissimulação.
A mitomania é um quadro caracterizado pela tendência mórbida para a mentira. Essa doença foi descoberta e nomeada pelo psiquiatra francês Ernest Dupré. A mentira dos mitômanos está normalmente relacionada a assuntos específicos. A mitomania ocorre com maior frequência em duas situações clinicas. Uma se refere a indivíduos fantasiosos, que não tem tolerância para conviverem com limitações e frustrações que a realidade obriga a aceitar, assim criam histórias fantasiosas, parecidas com as das crianças. Na maioria das vezes são pessoas emocionalmente imaturas.
A outra situação clínica é a do desenvolvimento da doença se desencadear por quem não consegue lidar com a sociedade. O individuo acredita que só será aceito se inventar uma história e geralmente está associado a quadros de depressão. Ou seja, a mitomania é uma doença psicológica considerada grave que leva o individuo a precisar de apoio por parte dos amigos e familiares e sua cura só é possível através de tratamento, o qual leva o doente a ter consciência de sua situação.
Podemos dizer que o discurso de um mitômano é muito diferente daquele mentiroso comum que tem um objetivo definido. Para os mentirosos comuns, a mentira é um meio para atingir outros objetivos. Para os mitômanos, a mentira tem um objetivo não consciente, mentem para alivio de sintomas, acreditam em suas mentiras e estas lhe consolam.
Ocorre um descontrole emocional, acarretando muitas conseqüências para a pessoa afetada, a qual apresenta questões de abandono e falta de auto-estima. O tratamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, ou seja, um psiquiatra e um psicólogo, o tratamento envolve medicação no início e acompanhamento psicoterápico.
Crianças vítimas de uma educação moralista, rígida e que vivem dominadas pelo autoritarismo são fortes candidatas a desenvolver a doença. Assim como o cleptomaníaco rouba objetos sem valor simplesmente pelo vicio de roubar, o mentiroso compulsivo mente por mentir.
O vicio de mentir é inconsciente e diante da mais simples situação a fuga da verdade vem à tona compulsivamente e cria verdades inexistentes. O que pode conduzir a graves distúrbios de personalidade e dificultar a vida em sociedade.
Durante o tratamento psicoterápico o paciente conversa muito com o terapeuta durante as sessões até conseguir reconhecer o que faz. A partir de então começa a descobrir o porquê faz. O processo é de autoconhecimento e mudança de conduta. Por isso não se deve esperar que o paciente seja curado de uma hora para outra.
Autor:Paulo César Ribeiro Martins /Doutor em Psicologia pela PUCCAMP
Professor da UEMS/AEMS/FIPAR /Psicoterapeuta em Três Lagoas/MS
(67) 81026363/(67) 99174065 /e-mail: paulocrmartins@yahoo.com.br
Os pais influenciam no desenvolvimento do caráter de seus filhos, entretanto pais sem princípios morais geram deficiências no aprendizado dos mesmos, que podem se tornar mentirosos compulsivos. O perigo está quando a mentira passa a ser frequente e a criança passa a incriminar outras pessoas.
Até os três anos de idade as crianças vivem no mundo da fantasia, dos três aos seis elas mentem sem maldade ou intenção de prejudicar seus pares. Por volta dos 7 anos a criança já distingue o verídico do falso, já os adolescentes conseguem discernir com facilidade quem está mentindo ou não.
As emoções infantis reprimidas são responsáveis pelas mentiras, ou seja as mentiras contadas por adultos é reflexo de problemas mal resolvidos na infância. Entre os dez e treze anos de idade, o individuo desenvolve a saúde mental aprendendo assim a ter suas próprias opiniões. Quando há algum transtorno de personalidade ou traumas nessa fase são desencadeados conceitos errados a respeito de tudo, causando assim a dissimulação.
A mitomania é um quadro caracterizado pela tendência mórbida para a mentira. Essa doença foi descoberta e nomeada pelo psiquiatra francês Ernest Dupré. A mentira dos mitômanos está normalmente relacionada a assuntos específicos. A mitomania ocorre com maior frequência em duas situações clinicas. Uma se refere a indivíduos fantasiosos, que não tem tolerância para conviverem com limitações e frustrações que a realidade obriga a aceitar, assim criam histórias fantasiosas, parecidas com as das crianças. Na maioria das vezes são pessoas emocionalmente imaturas.
A outra situação clínica é a do desenvolvimento da doença se desencadear por quem não consegue lidar com a sociedade. O individuo acredita que só será aceito se inventar uma história e geralmente está associado a quadros de depressão. Ou seja, a mitomania é uma doença psicológica considerada grave que leva o individuo a precisar de apoio por parte dos amigos e familiares e sua cura só é possível através de tratamento, o qual leva o doente a ter consciência de sua situação.
Podemos dizer que o discurso de um mitômano é muito diferente daquele mentiroso comum que tem um objetivo definido. Para os mentirosos comuns, a mentira é um meio para atingir outros objetivos. Para os mitômanos, a mentira tem um objetivo não consciente, mentem para alivio de sintomas, acreditam em suas mentiras e estas lhe consolam.
Ocorre um descontrole emocional, acarretando muitas conseqüências para a pessoa afetada, a qual apresenta questões de abandono e falta de auto-estima. O tratamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, ou seja, um psiquiatra e um psicólogo, o tratamento envolve medicação no início e acompanhamento psicoterápico.
Crianças vítimas de uma educação moralista, rígida e que vivem dominadas pelo autoritarismo são fortes candidatas a desenvolver a doença. Assim como o cleptomaníaco rouba objetos sem valor simplesmente pelo vicio de roubar, o mentiroso compulsivo mente por mentir.
O vicio de mentir é inconsciente e diante da mais simples situação a fuga da verdade vem à tona compulsivamente e cria verdades inexistentes. O que pode conduzir a graves distúrbios de personalidade e dificultar a vida em sociedade.
Durante o tratamento psicoterápico o paciente conversa muito com o terapeuta durante as sessões até conseguir reconhecer o que faz. A partir de então começa a descobrir o porquê faz. O processo é de autoconhecimento e mudança de conduta. Por isso não se deve esperar que o paciente seja curado de uma hora para outra.
Autor:Paulo César Ribeiro Martins /Doutor em Psicologia pela PUCCAMP
Professor da UEMS/AEMS/FIPAR /Psicoterapeuta em Três Lagoas/MS
(67) 81026363/(67) 99174065 /e-mail: paulocrmartins@yahoo.com.br
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