Eles teriam usado celular na hora da prova do Enem. Exame amarelo pode ser reaplicado. Faça seu desabafo no mural da revolta!
O vazamento de informações sobre o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) através de mensagens postadas em redes sociais na Internet levou o Ministério da Educação (MEC) a adotar uma medida extrema ontem no segundo dia de prova. O ministério ameaçou, via Twitter, processar todos os alunos que supostamente fizeram uso do miniblog para divulgar dados sobre a prova de dentro da salas onde o teste estava sendo aplicado.
Depois do primeiro dia de confusão com a inversão do cabeçalho do cartão-resposta e falhas de impressão na prova da cor amarela, o MEC admitiu ontem que poderá aplicar novo exame dias 6 e 7 de dezembro, quando será aplicado nos presídios, mas somente para quem teve problema com questões repetidas ou ausentes.Candidatos dão nota 0 para o Enem Fotos: Alexandre Vieira e Felipe O'Neill
Estudantes revoltados
No primeiro caso, o ministério prometeu corrigir de forma invertida a prova dos candidatos que informarem o erro pela Internet. Revoltados, estudantes deram nota zero para o MEC. “Eles vão ter que assumir o erro e tomar providências”, criticou Carlos Júnior, 17 anos. Como ele, os colegas Luciana Camargo, 18, Filipe Dias, 17, e Carlos Douglas, 17, esperam não ser prejudicados pela falha na impressão da prova.
“Não é a primeira vez. Ano passado, vazou o gabarito e atrasou o início das aulas. Sem contar que é dinheiro jogado fora”, disse Douglas. O grupo fez prova na Unisuam, em Bonsucesso. Mesmo com proibição de celulares, muitos burlaram a fiscalização e se vangloriavam de transmitir “ao vivo” na internet. Tiraram fotos da prova e pediam ajuda para responder às questões.
Jovens monitorados
Em Recife, um repórter entrou no banheiro com o celular e mandou mensagem de texto ao jornal em que trabalha informando o tema da redação. O Inep encaminhou o caso à Polícia Federal. Pelo Twitter, a assessoria do MEC mandou um aviso: “Alunos q (que) já ‘dançaram’ no Enem tentam tumultuar com msgs (mensagens) nas redes sociais. Estão sendo monitorados e acompanhados. Inep pode processá-los.” De acordo com o MEC, após a ameaça, as mensagens pararam. O presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto, negou falhas de segurança: “Não tem como o fiscal ver telefone escondido”.
Faltaram algumas questões
Pelo menos 20 mil estudantes receberam o caderno de provas da cor amarela com questões faltando. “Estava cheio de erro de digitação e sem algumas perguntas”, reclamou Gustavo Paulo Gomes, 19 anos, que sonha cursar Engenharia.
Para evitar cola, havia quatro versões de prova, cada uma identificada por uma cor: azul, amarelo, branco e rosa. As questões são as mesmas, mas organizadas em ordem distinta. Como há reserva de 10% de provas, o Inep acredita que a maioria recebeu outro caderno de questões e não precisará refazer o exame. “A missão foi cumprida”, disse o presidente do Inep, Joaquim Soares Neto, que classificou o exame como “um sucesso”.
Quem se sentir lesado deve procurar o Ministério Público Federal (MPF). A recomendação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Serviço:
COMO FAZER
Descreva o problema e e anexe documentos, como o cartão de inscrição. Denúncia na Av. Nilo Peçanha 31, Centro, ou pelo site (www.prrj.mpf.gov.br). Dúvidas: 3971-9300. A Defensoria Pública da União fica na Av. Gal. Justo, 365. Telefone (21) 2517-3301 .
RECLAME
No MEC: Site: portal.mec.gov.br; Twitter: twitter.com/MEC_comunicacao#; tel. do chefe de gabinete do ministro: (61) 2022-7842
No INEP: Site: www.inep.gov.br; Twitter: twitter.com/inep_imprensa; tel. do gabinete do presidente do Inep: (61) 2022-3605
Reportagem: Cristiane Campos e Maria Luisa Barros
O vazamento de informações sobre o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) através de mensagens postadas em redes sociais na Internet levou o Ministério da Educação (MEC) a adotar uma medida extrema ontem no segundo dia de prova. O ministério ameaçou, via Twitter, processar todos os alunos que supostamente fizeram uso do miniblog para divulgar dados sobre a prova de dentro da salas onde o teste estava sendo aplicado.
Depois do primeiro dia de confusão com a inversão do cabeçalho do cartão-resposta e falhas de impressão na prova da cor amarela, o MEC admitiu ontem que poderá aplicar novo exame dias 6 e 7 de dezembro, quando será aplicado nos presídios, mas somente para quem teve problema com questões repetidas ou ausentes.Candidatos dão nota 0 para o Enem Fotos: Alexandre Vieira e Felipe O'Neill
Estudantes revoltados
No primeiro caso, o ministério prometeu corrigir de forma invertida a prova dos candidatos que informarem o erro pela Internet. Revoltados, estudantes deram nota zero para o MEC. “Eles vão ter que assumir o erro e tomar providências”, criticou Carlos Júnior, 17 anos. Como ele, os colegas Luciana Camargo, 18, Filipe Dias, 17, e Carlos Douglas, 17, esperam não ser prejudicados pela falha na impressão da prova.
“Não é a primeira vez. Ano passado, vazou o gabarito e atrasou o início das aulas. Sem contar que é dinheiro jogado fora”, disse Douglas. O grupo fez prova na Unisuam, em Bonsucesso. Mesmo com proibição de celulares, muitos burlaram a fiscalização e se vangloriavam de transmitir “ao vivo” na internet. Tiraram fotos da prova e pediam ajuda para responder às questões.
Jovens monitorados
Em Recife, um repórter entrou no banheiro com o celular e mandou mensagem de texto ao jornal em que trabalha informando o tema da redação. O Inep encaminhou o caso à Polícia Federal. Pelo Twitter, a assessoria do MEC mandou um aviso: “Alunos q (que) já ‘dançaram’ no Enem tentam tumultuar com msgs (mensagens) nas redes sociais. Estão sendo monitorados e acompanhados. Inep pode processá-los.” De acordo com o MEC, após a ameaça, as mensagens pararam. O presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto, negou falhas de segurança: “Não tem como o fiscal ver telefone escondido”.
Faltaram algumas questões
Pelo menos 20 mil estudantes receberam o caderno de provas da cor amarela com questões faltando. “Estava cheio de erro de digitação e sem algumas perguntas”, reclamou Gustavo Paulo Gomes, 19 anos, que sonha cursar Engenharia.
Para evitar cola, havia quatro versões de prova, cada uma identificada por uma cor: azul, amarelo, branco e rosa. As questões são as mesmas, mas organizadas em ordem distinta. Como há reserva de 10% de provas, o Inep acredita que a maioria recebeu outro caderno de questões e não precisará refazer o exame. “A missão foi cumprida”, disse o presidente do Inep, Joaquim Soares Neto, que classificou o exame como “um sucesso”.
Quem se sentir lesado deve procurar o Ministério Público Federal (MPF). A recomendação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Serviço:
COMO FAZER
Descreva o problema e e anexe documentos, como o cartão de inscrição. Denúncia na Av. Nilo Peçanha 31, Centro, ou pelo site (www.prrj.mpf.gov.br). Dúvidas: 3971-9300. A Defensoria Pública da União fica na Av. Gal. Justo, 365. Telefone (21) 2517-3301 .
RECLAME
No MEC: Site: portal.mec.gov.br; Twitter: twitter.com/MEC_comunicacao#; tel. do chefe de gabinete do ministro: (61) 2022-7842
No INEP: Site: www.inep.gov.br; Twitter: twitter.com/inep_imprensa; tel. do gabinete do presidente do Inep: (61) 2022-3605
Reportagem: Cristiane Campos e Maria Luisa Barros
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