A presidente Dilma Rousseff deve desembarcar nesta segunda-feira em Havana, capital de Cuba, por volta das 16h45 (19h45 de Brasília). Dilma pretende concentrar as conversas no apoio do governo do Brasil à ampliação de parcerias e acordos bilaterais com Cuba. A presidente chega em visita no auge da abertura econômica do país caribenho.
A previsão é de uma chegada calma para que na terça-feira a presidente comece um dia repleto de atividades que vão desde almoço com o presidente cubano, Raúl Castro, até homenagens a José Martí, que é considerado herói por liderar processos de independência nos países que foram colônias espanholas.
Durante esta terça-feira à tarde, Dilma irá ao Porto de Mariel a 50 quilômetros de Havana, local que está sendo ampliado com o apoio de empresários e do governo brasileiros. A manutenção do porto é considerada pelas autoridades cubanas um projeto estratégico para o aumento do intercâmbio comercial de Cuba. O Brasil financia 80% das obras em um total de US$ 683 milhões.
A ideia dos cubanos é que a região portuária de Mariel possa ser transformada em um centro industrial. O assunto foi discutido em meados deste mês quando o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, foi a Havana e conversou com as autoridades cubanas.
O presidente cubano Raúl Castro tem apelado para que se aprofundem os debates sobre as alterações na economia interna e defende o que chama de "mudança de mentalidade". Essas mudanças foram a alternativa encontrada pelo governo para tentar driblar as dificuldades causadas pelo embargo econômico imposto pelos Estados Unidos desde 1962.
Raúl instaurou um processo de abertura da economia do país ainda em 2010. As decisões envolvem o estímulo à demissão voluntária dos funcionários públicos, a liberação de compra de automóveis e imóveis, a permissão para atividades autônomas e o incentivo à agricultura familiar.
Não foi confirmado ainda um encontro com o ex-líder cubano Fidel Castro, de 85 anos, que governou o país até 2008.
Com informações da Agência Brasil
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