Diante da polêmica envolvendo as leis anti-pirataria de internet nos Estados Unidos, um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos do mundo, o Megaupload, foi tirado do ar nesta quinta-feira. Além disso, o fundador da companhia e diversos executivos foram acusados de violar as leis norte-americanas e levados em custódia.
Segundo a acusação, o "megaupload.com" já causou cerca de US$ 500 milhões em prejuízo aos detentores de direitos autorais, já que ele facilitaria o repasse e reprodução ilegal de filmes, jogos, músicas, entre outros conteúdos. Sem o aviso prévio de corte, milhões de arquivos foram perdidos, já que os usuários contavam com a segurança do site para guardar seus documentos.
O Megaupload ficou famoso após ser identificado pelos internautas como de boa qualidade de armazenamento de arquivos e download, além de ter sido reconhecido por diversas celebridades e músicos, que dispõem gratuitamente suas produções ao veículo. Entre os famosos que já disponibilizaram seus trabalhos livremente ao site estão Kanye West, Alicia Keys e Kim Kardashian. O grupo chegou a gravar um vídeo de apoio à companhia, mas que foi retirado do ar pelas gravadoras.
Antes de ser retirado do ar, o site chegou a publicar uma nota afirmando que as acusações que ele estava recebendo por infração de leis dos direitos autorais eram "extremamente exageradas".
Durante o dia, milhares de pessoas por todo o mundo demonstraram sua indignação com o corte do site. No Twitter, o nome do veículo de download e hospedagem manteve-se entre os três mais comentados. Alguns internautas tratam a ação dos Estados Unidos como um "abuso contra os direitos democráticos da internet", outros afirmam que a medida impõe uma regressão à tecnologia.
O Megaupload foi cortado da internet apenas um dia após diversos sites de notoriedade terem parado de funcionar como forma de protesto aos dois projetos de lei antipirataria que tramitam nos Estados Unidos. O país pretende reforçar as medidas contra a pirataria digital. O Stop Online Piracy Act (SOPA) prevê um bloqueio das infrações por meio direto em sites de busca, afetando as possibilidades de resultado dos sites, sobretudo estrangeiros, onde o governo não pode atuar.
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