segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SP: médicos que tiravam rins de pacientes vivos vão a júri

Nesta segunda-feira começa o julgamento de três médicos de Taubaté, cidade do interior de São Paulo, acusados de terem provocado a morte de quatro pacientes em 1986. Os médicos usavam falsos diagnósticos de morte encefálica para extrair os rins dos pacientes ainda vivos para realizar transplantes, segundo denúncia do ministério público.

O médicos Pedro Henrique Masjuan Torrecillas, Rui Noronha Sacramento e Mariano Fiore Júnior irão a júri popular em Taubaté. Eles são acusados de quatro homicídios dolosos contra os pacientes Miguel da Silva, Alex de Lima, Irani Gobo e José Faria Carneiro, que morreram entre setembro e dezembro de 1986.

Depois das cirurgias o neurocirurgião e legista Mariano Fiori concluía como causa da morte exclusivamente as lesões cerebrais experimentadas pelas vítimas (traumatismo craniano, raquimedular ou aneurisma), omitindo a verdadeira causa das mortes: a retirada dos rins dos pacientes.

Os prontuários médicos e os laudos das angiografias cerebrais relacionados aos pacientes foram apreendidos e submetidos à analise de peritos, que concluíram que as vítimas não tinham o diagnóstico necessário para se diagnosticar morte encefálica. Antônio Aurélio de Carvalho Monteiro, que faleceu no ultimo ano, e José Carlos Natrielli de Almeida, que foi impronunciado a pedido do Ministério Público, também foram denunciados inicialmente, além dos médicos que irão a júri.

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