Um antigo médico do presidente da Venezuela, Hugo Chavez, teve de abandonar de "maneira abrupta" o país após se pronunciar em carta pública sobre a estimativa de vida do coronel. "Os acontecimentos posteriores obrigaram-me a sair do país com a minha família, de maneira abrupta, algo que não desejava e não tinha planeado fazer", explica o médico Salvador Navarrete.
No último domingo Salvador Navarrete revelou a um jornal mexicano que o tumor extraído de Hugo Chavez é "muito agressivo" e que "a expectativa de vida pode ser de até dois anos". Na carta divulgada neste domingo, o médico explica que as suas declarações tiveram por base "informação oficial" e afirma estar preocupado "que o presidente e o seu entorno político não conheçam a magnitude da sua doença, que tem sido tratada com um completo hermetismo".
Ainda segundo a carta, as consequências de um "desenlace fatal" e a importância de informar tanto a sua organização e grupos que o apoiam, como os grupos políticos que o contestam, foram as razões que levaram Salvador Navarrete a abordar "este delicado assunto", explica. Para Navarrete, o desaparecimento de Hugo Chávez neste momento "poderia ser mais traumático do que os políticos percebem".
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