O ministro do Esporte, Orlando Silva, decidiu deixar o cargo nesta quarta-feira depois de conversar com o secretário geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, que descutiram o desdobramento da crise que envolve o Ministério do Esporte. Orlando Silva vai entregar carta de demissão na tarde desta quarta-feira em encontro com a presidente Dilma Rousseff. Representantes da cúpula do PCdoB também estão no Palácio do Planalto.
Renúncia após abertura de inquérito
O agravamento de sua situação, com a abertura do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar denúncias de irregularidades na Pasta. A acusação se iniciou pelo policial militar João Dias Ferreira, que acusa Orlando de ser o principal beneficiário de um esquema de desvio de dinheiro do Programa Terceiro Tempo, do governo federal.
Participando de um evento na Base Aérea de Brasília, a presidente Dilma Rousseff não estava presente à reunião, mas deve abrir espaço na agenda para falar com o ministro. Nesta terça-feira, o Orlando Silva afirmou que seu futuro está nas mãos de Dilma.
"Quem nomeia e exonera ministros é a presidente da República. Função de ministro de Estado é uma função auxiliar e de confiança . Eu não comento sobre isso. É uma decisão personalíssima. É de quem comanda o Poder Executivo", disse.
O ministro conversou com os jornalistas nesta terça-feira, após participar de audiência pública na comissão especial da que analisa o Projeto da Lei Geral da Copa do Mundo, enviado pelo governo.
A audiência durou quatro horas. Ele se queixou de ter sofrido ataques da oposição que "beiraram à histeria", cobrando sua demissão devido às acusações de corrupção publicadas na imprensa paulista nos últimos dias.
"Estou muito tranquilo. Tenho a serenidade dos justos. Por isso impetrei uma ação que será a base de um processo de calúnia envolvendo seus acusadores. Eu solicitei ao ministro da Justiça (José Eduardo Cardozo) que se apure os fatos noticiados naquela revista (Veja), assim como pedi à apuração da Comissão de Ética", disse.
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