Uma pesquisa realizada por pesquisadores americanos e neozelandeses, com base em dados dos próprios Estados Unidos e Reino Unido, concluem que mulheres que tomam anticoncepcionais de última geração estão duas vezes mais propícias a ter trombose do que as que utilizam pílulas vendidas desde os anos 1970.
Especialistas afirmam que não há dúvida que as pílulas causem alterações na circulação sanguínea. Porém, dependendo do tipo de hormônio a ser tomado e de sua quantidade, os efeitos podem ser potencializados.
O estudo foi realizado com 1,2 milhão de mulheres entre 15 e 44 anos. Não foram incluídas mulheres que possuiam fator de risco para trombose (histórico familiar, tabagismo, obesidade). Isso significa que existe possibilidade, mesmo que pequena, de que mulheres consideradas totalmente saudáveis possam desenvolver a trombose.
A pílula antiga, o levonorgestrel, registrou 12,5 casos de trombose por 100 mil mulheres que ingeriram a substância. Já com a pílula drospirenona, foram registrados 30,8 casos da doença por 100 mil mulheres.
A dica principal, a partir deste estudo, é que as mulheres façam os devidos exames antes de optarem por um anticoncepcional. Cada caso é um caso, e a atitude mais sensata é que o seu médico analise seu histórico para que indique os melhores medicamentos para você.
O trombo é um coágulo sanguíneo que é formado dentro de uma veia. Pode ocorrer inflamação e até mesmo obstrução da veia, comprometendo a circulação do sangue.
A trombose deixa a pessoa inchada, causa dor e, caso o coágulo se solte, pode culminar numa embolia pulmonar.
O cardiologista do Hospital das Clínicas de SP, Antonio Mansur, explica que "os hormônios fazem com que as plaquetas coagulem mais facilmente na presença de um estímulo", por isso, quem tem fator de risco deve deixar os contraceptivos hormonais e passar a utilizar os não hormonais, a exemplo do DIU (dispositivo intra-uterino)
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