quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dino não acredita que denúncias de corrupção vão atrapalhar Copa 2014

As denúncias de corrupção no governo brasileiro já derrubaram três ministros desde junho. Apesar dos escândalos, Flávio Dino, presidente da Embratur, que gerencia a imagem do país no exterior acredita que estes problemas não vão interferir na preparação do Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014.

"Isso demonstra a vitalidade e a qualidade da nossa democracia. É provável que neste momento haja mais órgãos preocupados em fiscalizar a Copa do que executá-la. Existem grupos especiais do Ministério Público, TCU [ Tribunal de Contas da União], CGU [Controladoria-Geral da União]. Na Câmara e no Senado, são pelo menos umas 15 comissões que tratam de Copa do Mundo. Então é verdade que existe um aparato de fiscalização sofisticado, mas isso não é negativo, pelo contrário. É uma segurança para os executores que têm a responsabilidade concreta de fazer", contou o mandatário da empresa.

Flávio Dino ainda afirmou que não teve até o momento nenhuma denúncia grave em relação as instituições que estão organizando o evento no país. Para ele, da mesma forma que tem corruptos também tem os grupos que combatem essas irregularidades.

"Nós construímos a Copa em um país concreto, não metafísico. E um evento não é um momento mágico, não é uma varinha de condão e ninguém está com uma cartola na mão da qual vai extrair uma nova nação. Existe corrupção no Brasil, percebida ou real? É óbvio que existe, é evidente que existe. Agora, o que existe também é muito combate à corrupção, muita ação dos mecanismos de controle e fiscalização. No caso da Copa, até agora não houve nenhuma denúncia, o que mostra que os cuidados internos do governo e essa ação permanente dos órgãos de controle, da imprensa e da sociedade estão funcionando bem", explicou em entrevista ao "Globoesporte.com"

O presidente da Embratur ressaltou a importância de investir em áreas que serão fundamentais para receber os turistas e depois ficar para benefício da própria população brasileira.

"Nós acreditamos nos legados materiais, que são importantes para as comunidades, que serão beneficiadas pelas obras de mobilidade urbana, arenas, aeroportos, mas do ponto de vista estratégico, a batalha mais decisiva está exatamente no terreno intangível, porque é isso que garante a sustentabilidade", contou.

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