A imprensa divulgou que, entre 2004 e 2010, a sociedade brasileira teve um prejuízo de R$ 7 bilhões só com acordos de integração energética com os países vizinhos, promovidos pelo atual governo. Essa perda sofrerá um acréscimo de mais R$ 13 bilhões até o ano de 2023, quando totalizará R$ 20 bilhões. Certamente, essa sociedade gostaria de entender o porquê de tantos prejuízos com os vizinhos em um único setor, o energético, se além desse, o Brasil já tem feito muitas concessões em diversas outras áreas do relacionamento comercial no Mercosul.
Tudo indica, pelas informações divulgadas, que a relação entre o Brasil e esses países tem sido, no atual governo, de pai para filho. Tanto que o Brasil permitiu a nacionalização de ativos da Petrobrás pela Bolívia, que pagou a metade do que valiam, e a revisão do contrato da compra de gás que a empresa tem com o país.
Lula aceitou a perda de patrimônio do Brasil e de brasileiros, sem qualquer questionamento ao “companheiro” Evo Morales. O novo acordo, negociado entre Lula e Morales, renderá, para a Bolívia, US$ 1,2 bilhão até o ano de 2019, além do efeito retroativo, que obrigou a Petrobrás a um desembolso de US$ 480 milhões em favor da estatal boliviana de petróleo YPFB, e nos obriga a pagar por determinado volume de gás, utilizado ou não.
O tratado firmado por Brasil e Paraguai em 1973 previa a construção de Itaipu com recursos 100% brasileiros e a hidrelétrica pertenceria aos dois países. Em troca, toda a energia não utilizada pelo país vizinho seria vendida ao Brasil por um preço já estabelecido, de acordo com valores internacionais de energia, e corrigido pelos mesmos padrões. O Paraguai utiliza somente 8% da energia produzida por Itaipu, e vende os outros 42% ao Brasil.
Em campanha política, concorrendo à presidência da república daquele país, o “companheiro” Fernando Lugo declarava que, se eleito, iria exigir a revisão do acordo para a elevação dos preços de venda de energia ao Brasil. Eleito, o “companheiro” cobrou e Lula aceitou alterar os valores pagos ao Paraguai, de US$ 120 para US$ 360 milhões por ano, além de iniciar a construção, custeada por Itaipu, de uma linha de transmissão de energia em território paraguaio, ligando Itaipu à capital Assunção.
Após o “apagão” elétrico ocorrido no ano passado, ao invés de investir na melhoria e modernização da interligação de nossas linhas de transmissão, e aceitando palpites dos “verdes” do Brasil e do exterior contrários à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o governo brasileiro passou a adquirir energia elétrica da Venezuela, por acordo celebrado com o “companheiro” Hugo Chávez, para o reforço do fornecimento à região Norte do país, exatamente a que será atendida por Belo Monte.
Em viagem a Cuba, o presidente Lula declarou que o Brasil tem muito interesse no progresso daquele país e, portanto, financiará para eles obras de infraestrutura, como aeroportos e hotéis. Todas essas atitudes para com os países da América Latina, dizem os especialistas, é em função da pretensão de nosso presidente de fazer com que tanto ele quanto o Brasil se tornem líderes regionais.
E o Brasil, presidente Lula? Tenho lido declarações de membros de seu próprio governo, de que não seria “prudente” crescermos mais de 5,5% ao ano, pois não temos infraestrutura rodoviária, portuária e aeroportuária para isso. Também não possuímos, senhor presidente, infraestrutura em diversas áreas, como na da saúde e da educação. Brasileiros estão morrendo soterrados por não terem onde morar, tendo que construir seus barracos na base de morros que anteriormente haviam sido depósitos de lixo, sem nenhuma atitude contrária do governo.
Para sermos líderes dessa região, senhor presidente, basta entender que a população conjunta de todos esses países é menor do que a metade da população brasileira e, portanto, já somos muito mais interessantes, comercialmente, do que qualquer um destes. Isso já nos coloca naturalmente como líderes. Comparado a estes países, também o somos em diversos outros setores, como no do agronegócio, industrial e do comercio, tanto interno quanto externo, e, portanto, líderes nós já somos, não precisamos procurar ser.
Comércio se faz com os que precisam e podem comprar, e não com os que só podem vender. E ajuda, senhor presidente, nós podemos e devemos, sim, dar aos vizinhos e parceiros, mas a partir do momento em que a nossa população estiver totalmente atendida em, no mínimo, saúde, educação, moradia e segurança, coisa que, com certeza, está muito longe de ser.
Autor: João Bosco Leal
www.joaoboscoleal.com.br
Tudo indica, pelas informações divulgadas, que a relação entre o Brasil e esses países tem sido, no atual governo, de pai para filho. Tanto que o Brasil permitiu a nacionalização de ativos da Petrobrás pela Bolívia, que pagou a metade do que valiam, e a revisão do contrato da compra de gás que a empresa tem com o país.
Lula aceitou a perda de patrimônio do Brasil e de brasileiros, sem qualquer questionamento ao “companheiro” Evo Morales. O novo acordo, negociado entre Lula e Morales, renderá, para a Bolívia, US$ 1,2 bilhão até o ano de 2019, além do efeito retroativo, que obrigou a Petrobrás a um desembolso de US$ 480 milhões em favor da estatal boliviana de petróleo YPFB, e nos obriga a pagar por determinado volume de gás, utilizado ou não.
O tratado firmado por Brasil e Paraguai em 1973 previa a construção de Itaipu com recursos 100% brasileiros e a hidrelétrica pertenceria aos dois países. Em troca, toda a energia não utilizada pelo país vizinho seria vendida ao Brasil por um preço já estabelecido, de acordo com valores internacionais de energia, e corrigido pelos mesmos padrões. O Paraguai utiliza somente 8% da energia produzida por Itaipu, e vende os outros 42% ao Brasil.
Em campanha política, concorrendo à presidência da república daquele país, o “companheiro” Fernando Lugo declarava que, se eleito, iria exigir a revisão do acordo para a elevação dos preços de venda de energia ao Brasil. Eleito, o “companheiro” cobrou e Lula aceitou alterar os valores pagos ao Paraguai, de US$ 120 para US$ 360 milhões por ano, além de iniciar a construção, custeada por Itaipu, de uma linha de transmissão de energia em território paraguaio, ligando Itaipu à capital Assunção.
Após o “apagão” elétrico ocorrido no ano passado, ao invés de investir na melhoria e modernização da interligação de nossas linhas de transmissão, e aceitando palpites dos “verdes” do Brasil e do exterior contrários à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o governo brasileiro passou a adquirir energia elétrica da Venezuela, por acordo celebrado com o “companheiro” Hugo Chávez, para o reforço do fornecimento à região Norte do país, exatamente a que será atendida por Belo Monte.
Em viagem a Cuba, o presidente Lula declarou que o Brasil tem muito interesse no progresso daquele país e, portanto, financiará para eles obras de infraestrutura, como aeroportos e hotéis. Todas essas atitudes para com os países da América Latina, dizem os especialistas, é em função da pretensão de nosso presidente de fazer com que tanto ele quanto o Brasil se tornem líderes regionais.
E o Brasil, presidente Lula? Tenho lido declarações de membros de seu próprio governo, de que não seria “prudente” crescermos mais de 5,5% ao ano, pois não temos infraestrutura rodoviária, portuária e aeroportuária para isso. Também não possuímos, senhor presidente, infraestrutura em diversas áreas, como na da saúde e da educação. Brasileiros estão morrendo soterrados por não terem onde morar, tendo que construir seus barracos na base de morros que anteriormente haviam sido depósitos de lixo, sem nenhuma atitude contrária do governo.
Para sermos líderes dessa região, senhor presidente, basta entender que a população conjunta de todos esses países é menor do que a metade da população brasileira e, portanto, já somos muito mais interessantes, comercialmente, do que qualquer um destes. Isso já nos coloca naturalmente como líderes. Comparado a estes países, também o somos em diversos outros setores, como no do agronegócio, industrial e do comercio, tanto interno quanto externo, e, portanto, líderes nós já somos, não precisamos procurar ser.
Comércio se faz com os que precisam e podem comprar, e não com os que só podem vender. E ajuda, senhor presidente, nós podemos e devemos, sim, dar aos vizinhos e parceiros, mas a partir do momento em que a nossa população estiver totalmente atendida em, no mínimo, saúde, educação, moradia e segurança, coisa que, com certeza, está muito longe de ser.
Autor: João Bosco Leal
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