A internet tem sido um mundo novo e maravilhoso para a humanidade por diversas razões, sejam culturais, emocionais, educacionais, de lazer, ou para qualquer finalidade que a utilizemos. Através dela podemos consultar e aprendermos tudo o que quisermos, desde dar um nó em uma gravata a conhecer lugares, países, livros, culturas, comércio e uma infinidade de coisas que nem consigo mensurar. Penso que o mesmo ocorre com a maioria das pessoas, e mesmo os mais jovens ainda não conseguem entender a infinidade dessa potencialidade.
Tenho aproveitado muito essa nova tecnologia para conviver mais com meus quatro netos que moram longe de mim, e sem o “Skype”, para conversar e vê-los ao mesmo tempo, penso que essa distância me seria muito difícil. Outra coisa muito utilizada pelas pessoas no uso da internet é o envio de e-mails aos amigos, que apesar de normalmente não possuírem profundidade alguma, serem de piadas, correntes chatérrimas, fotos, filmes, vídeo cacetadas ou outros, em algumas oportunidades eles nos transmitem algo ou, pelo menos, nos fazem pensar.
Foi o que ocorreu há pouco com um e-mail que recebi em que os animais da floresta se reuniram para escolher, entre os três leões lá existentes, qual seria o rei. Após algumas disputas sem vencedores, a última tentativa proposta pelos outros animais para a escolha, foi ver qual dos três conseguiria subir até o topo da montanha mais alta lá existente. Depois de algum tempo os dois primeiros voltaram cabisbaixos, admitindo sua incapacidade de atingir o topo e desistiram. O terceiro leão, porém, declarou que a montanha só o vencera “por enquanto”.
Disse que a montanha tinha toda aquela altura, mas não passaria disso, e ele era jovem, ainda estava crescendo. Por essa atitude, foi o escolhido, tornando-se o rei. O e-mail finalizava dizendo que a montanha tinha altitude e o leão teve atitude. Pensando sobre isso, imaginei as possibilidades da montanha e, realmente, a probabilidade dela crescer é praticamente nula, só com uma erupção em seu cume isso poderia ocorrer.
No entanto, as possibilidades de um terremoto, uma avalanche ou a própria erosão só poderão diminuir sua altitude, o que facilitará sua escalada. Claro que provavelmente o leão já não estará vivo, mas é um otimista, quem sabe uma dessas coisas ocorra enquanto ele cresce.
Depois de um acidente, muita cama, diversas cirurgias, cadeira de rodas e muletas, já se passaram dois anos, tempo em que tive a oportunidade única de pensar, pensar muito, em tudo o que está à minha volta. Agora, reaprendendo a andar com um encurtamento ósseo ocorrido em uma das pernas, começo dar minhas primeiras saídas de casa para o convívio social e percebo nitidamente a surpresa das pessoas, que há tempos não me viam agora me achando ótimo, alegre e me parabenizando pela “força” de haver superado tudo isso.
Depois desse período “pensante”, entendo o motivo dessas pessoas não saberem - como eu não sabia -, de onde vem a “força” daqueles que passam por alguma “turbulência” maior na vida. O ser humano é tão perfeito que essa força é dada a todos os que dela necessitam, exatamente quando isso ocorre. A perda de um filho é, penso eu, a maior dor que um ser humano pode sentir, é uma dor que nos mata, e eu já a senti e aqui estou, vivo. Mas há aqueles que morrem “mais” do que eu morri, e só percebi isso agora, refletindo, quando entendi que precisamos, sempre, olhar para baixo. Sempre há alguém em situação pior que a nossa, motivo pelo qual, creio eu, não termos o direito de nos sentir derrotados com nada que nos ocorre.
Em outro e-mail recebido, soube do seguinte pensamento do grande poeta Mário Quintana, que expressa claramente esse meu pensamento: ‘Deficiente’ é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino”.
Precisamos é ter atitudes para aprender com as experiências passadas e sentidas, superar as dificuldades provenientes das deficiências adquiridas, e delas tirarmos algo de novo, como escrever, o que agora tenho feito.
Autor:João Bosco Leal
Tenho aproveitado muito essa nova tecnologia para conviver mais com meus quatro netos que moram longe de mim, e sem o “Skype”, para conversar e vê-los ao mesmo tempo, penso que essa distância me seria muito difícil. Outra coisa muito utilizada pelas pessoas no uso da internet é o envio de e-mails aos amigos, que apesar de normalmente não possuírem profundidade alguma, serem de piadas, correntes chatérrimas, fotos, filmes, vídeo cacetadas ou outros, em algumas oportunidades eles nos transmitem algo ou, pelo menos, nos fazem pensar.
Foi o que ocorreu há pouco com um e-mail que recebi em que os animais da floresta se reuniram para escolher, entre os três leões lá existentes, qual seria o rei. Após algumas disputas sem vencedores, a última tentativa proposta pelos outros animais para a escolha, foi ver qual dos três conseguiria subir até o topo da montanha mais alta lá existente. Depois de algum tempo os dois primeiros voltaram cabisbaixos, admitindo sua incapacidade de atingir o topo e desistiram. O terceiro leão, porém, declarou que a montanha só o vencera “por enquanto”.
Disse que a montanha tinha toda aquela altura, mas não passaria disso, e ele era jovem, ainda estava crescendo. Por essa atitude, foi o escolhido, tornando-se o rei. O e-mail finalizava dizendo que a montanha tinha altitude e o leão teve atitude. Pensando sobre isso, imaginei as possibilidades da montanha e, realmente, a probabilidade dela crescer é praticamente nula, só com uma erupção em seu cume isso poderia ocorrer.
No entanto, as possibilidades de um terremoto, uma avalanche ou a própria erosão só poderão diminuir sua altitude, o que facilitará sua escalada. Claro que provavelmente o leão já não estará vivo, mas é um otimista, quem sabe uma dessas coisas ocorra enquanto ele cresce.
Depois de um acidente, muita cama, diversas cirurgias, cadeira de rodas e muletas, já se passaram dois anos, tempo em que tive a oportunidade única de pensar, pensar muito, em tudo o que está à minha volta. Agora, reaprendendo a andar com um encurtamento ósseo ocorrido em uma das pernas, começo dar minhas primeiras saídas de casa para o convívio social e percebo nitidamente a surpresa das pessoas, que há tempos não me viam agora me achando ótimo, alegre e me parabenizando pela “força” de haver superado tudo isso.
Depois desse período “pensante”, entendo o motivo dessas pessoas não saberem - como eu não sabia -, de onde vem a “força” daqueles que passam por alguma “turbulência” maior na vida. O ser humano é tão perfeito que essa força é dada a todos os que dela necessitam, exatamente quando isso ocorre. A perda de um filho é, penso eu, a maior dor que um ser humano pode sentir, é uma dor que nos mata, e eu já a senti e aqui estou, vivo. Mas há aqueles que morrem “mais” do que eu morri, e só percebi isso agora, refletindo, quando entendi que precisamos, sempre, olhar para baixo. Sempre há alguém em situação pior que a nossa, motivo pelo qual, creio eu, não termos o direito de nos sentir derrotados com nada que nos ocorre.
Em outro e-mail recebido, soube do seguinte pensamento do grande poeta Mário Quintana, que expressa claramente esse meu pensamento: ‘Deficiente’ é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino”.
Precisamos é ter atitudes para aprender com as experiências passadas e sentidas, superar as dificuldades provenientes das deficiências adquiridas, e delas tirarmos algo de novo, como escrever, o que agora tenho feito.
Autor:João Bosco Leal
www.joaoboscoleal.com.br
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