quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

“A maquina administrativa se tornou uma locomotiva sem freios”. Conclui Azambuja

Kelly Venturini

As ações consideradas prioritárias pela Presidente Dilma, foram executadas de forma fraca, conforme se pode constatar através da mensagem por ela enviada ao Congresso no retorno das atividades do Legislativo, na semana passada.

Com o governo envolvido em uma série de denúncias, Dilma pouco fez no primeiro ano do seu mandato. A melhoria da precária infraestrutura brasileira ficou apenas no papel. Portos, aeroportos e estradas apresentam problemas de várias naturezas.

Para o Instituto Teotônio Vilela (ITV), a carta é um reconhecimento oficial do descumprimento das metas do governo do PT e para o vice-líder do PSDB na Câmara, Reinaldo Azambuja (MS), a mensagem deixa claras as diferenças entre o discurso e a prática. “A maquina administrativa se tornou uma locomotiva sem freios”. Disparou.

Levantamento da Assessoria Técnica do PSDB reforça a avaliação do deputado. Houve uma série de inversão de prioridades. Segundo o estudo, as despesas correntes cresceram 13,6% no ano passado, numa comparação com 2010. Do total de R$ 705 bilhões para a rubrica, 88,1% foram para custeio da máquina administrativa.

Em contrapartida, os recursos para investimento tiveram queda considerável. Os pagamentos desse grupo caíram 22,3% em 2011. “Os investimentos diminuíram, os brasileiros pagaram uma quantia recorde de impostos e contribuições no ano passado e nada se viu das grandes transformações prometidas pelo PT na colorida campanha de Dilma”. Ressaltou Azambuja.

Na maioria das áreas, constata-se fraco desempenho. Promessas de campanha de Dilma, os programas Minha Casa, Minha Vida e as 500 unidades de pronto-atendimento (UPAs) – idealizadas para desafogar as emergências em hospitais – simplesmente não decolaram. A construção de seis mil creches em quatro anos é outro exemplo de mera promessa. Como mostrou “O Estado de S. Paulo”, nenhuma creche foi concluída até agora. Além disso, os investimentos em saúde, segurança e educação ficaram no discurso.

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