Durante a continuação do julgamento de Lindemberg Alves, o delegado Sérgio Luditza, que investigou o caso Eloá, disse em depoimento que uma frase dita pelo jovem foi o que causou o "estopim" para a invasão da PM ao apartamento. Antes da entrada dos policias no prédio, as negociações estavam sendo feitas pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
Ainda de acordo com Luditza, o acusado disse que estava "ouvindo um anjinho e um capetinha e o capetinha estava vencendo". Ele também afirmou diante do júri que o caso teve uma reviravolta nos últimos 30 minutos. "Estava tudo caminhando para a libertação dos reféns", disse.
O perito Hélio Rodrigues Ramacciotti, responsável pelos laudos do Instituto de Criminalística (IC), que entrou para depor antes do delagado disse que é possível dizer que não houve disparos de arma calibre 40 no apartamento, arma essa que era usada pelos policiais em São Paulo.
Luindemberg Alves é acusado de ter matado sua ex-namorada Eloá, em Santo André, no ABC Paulista, em 2008.
Louco e agressivo
O policial militar Ronickson Pimentel dos Santos, irmão de Eloá Pimentel, morta após ficar sob o domínio do ex-namorado, Lindemberg Alves Fernandes, respondeu as perguntas da juíza Milena Dias, da promotoria e da advogada de defesa de réu. Ele classificou Lindemberg como "monstro, louco e agressivo".
Ronickson disse que Lindemberg era muito ciumento e não concordava com o namoro com a irmã. "A minha irmã nunca viveu a vida dela. Estava sempre com ele. Nunca vi ela sair com amigos, ir a um shopping. Não sei se era ele que não deixava ou ela não ia para não magoar ele", disse. "Minha irmã vivia chorando pelos cantos e eu não concordava com algumas amizades que ele tinha".
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