O grupo denominado Amigos da Síria, formado por países de vários continentes, reconheceu, nesta sexta-feira, pela primeira vez, a oposição no país, representada pelo Conselho Nacional da Síria. Em nota, o grupo informou que a "representação é legítima" e que busca a "transição pacífica e democrática". Representantes dos países que integram o grupo estão reunidos em Túnis, capital da Tunísia. Os governos da Rússia e China não enviaram representantes.
A ideia é que ao final do encontro o grupo peça ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, o fim imediato da violência no país e a autorização de acesso livre das organizações internacionais para ajuda humanitária consolidando o chamador corredor humanitário.
O Grupo dos Amigos da Síria é formado pela Liga Árabe (composta por 22 nações), a União Europeia (integrada por 27 países), alguns países da Organização da Conferência Islâmica (que reúne 57 nações), além dos Estados Unidos, do Brasil e da Índia - que são observadores na Liga Árabe.
Em março, os conflitos na Síria completam um ano. Desde então, mais de 7 mil pessoas, sendo que a maioria é civil, morreram. Há denúncias de violações de direitos humanos, como torturas - inclusive de mulheres e crianças -, violência sexual, prisões e assassinatos. O governo Assad nega as acusações, informando que atua contra grupos terroristas.
Na semana passada, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução recomendando o fim da violência e a adoção de medidas democráticas no país. Mesmo depois da aprovação da medida, os bombardeios na Síria continuaram. Não houve sinalização por parte de Assad no sentido de atender aos apelos da comunidade internacional.
* Com informações da Agência Brasil.
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