Uma carta encontrada com Wellington Menezes de Oliveira, 24, responsável por matar 11 crianças e ferir outras 18 em uma escola de Realengo, zona oeste do Rio, dá indícios que a barbárie foi planejada. O criminoso não explica o que motivou o crime, mas pede perdão e orienta como deve ser o seu enterro.
Ele diz que só pode ser tocado em luvas por castos ou pessoas que perderam a castidade após o casamento e nunca cometeram adultério. O jovem, ex-aluno da escola onde se passou por um palestrante e cometeu o crime, também afirma ser virgem. Depois das exigências, Wellington orienta seu sepultamento: “Os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão”.
“Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida”, completa a carta. O atirador manifesta o desejo de ser enterrado ao lado do túmulo da mãe e que sua casa, em Sepetiba, seja doada a instituições que cuidam de animais abandonados, que, para ele, “são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos”.
Wellington se matou com um tiro. Segundos os médicos do hospital para onde os estudantes foram levados, o assassino mirou na cabeça das crianças. Entre os feridos, quatro estão em estado grave.
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