Kelly Venturini
Durante a entrevista ao programa Tribuna Livre, o comunicador Marcos Faria questionou como Reinaldo Azambuja, pré-candidato a Prefeito da capital, irá tratar o setor da saúde, caso seja eleito, considerando sua experiência de oito anos na Prefeitura de Maracaju. “Lá em Maracaju não é diferente do que nós vivemos hoje aqui em Campo Grande. Primeiro problema da saúde: atendimento. Nós temos que ter atendimento à população. Não dá pra você marcar uma consulta pra daqui a vinte dias. Muitas vezes você não consegue esperar vinte dias, você tem um problema urgente, então o atendimento tem que ser imediato, tem que ser resolvido o problema.
Azambuja criticou ainda a construção de novas unidades de postos e de pronto atendimento, sem que haja o médico para atender. “Não adianta você criar aí várias unidades de saúde, construir vários postos, unidades para atendimento se não tem o médico presente para atender o cidadão”.
Para Azambuja entre as principais ações de um possível governo tucano na prefeitura de Campo Grande estão: a readequação do atendimento de urgência, a formalização de um acordo com os médicos sobre contratações emergenciais, os plantões e atendimentos 24 horas.
Sobre este ultimo item, Azambuja comentou que o sistema de plantão funcionou muito bem para resolver o problema ambulatorial de Maracaju. “Quando fui prefeito pagávamos plantões aos médicos para que eles ficassem no local de trabalho durante o período estabelecido, para que atendessem a demanda da população que chegava nas unidades de saúde (...) Atendimento 24 horas? muitas vezes você não precisa construir uma nova unidade de saúde, basta você colocar o médico naquela unidade existente e deixar com que rode 24 horas o atendimento ambulatorial”. Reforçou.
Distribuição de medicamentos e o tratamento oferecido a população na recepção das unidades de atendimento a saúde também é motivo de grande preocupação para Azambuja que projeta humanizar o atendimento, qualificando os atendentes. “As pessoas procuram uma unidade de saúde porque tem algum problema. Ninguém vai à toa (...). Primeiro nós vamos dar oportunidades a todos os que estão hoje no atendimento, para que possam fazer os cursos de qualificação em atendimento: para melhorar o nível de atendimento ao cidadão e qualificar essas pessoas”.
Ainda para a saude Azambuja contou que tem uma proposta inovadora que é a criação do PAI – Pronto Atendimento ao Idoso. “Nós temos uma população que a expectativa de vida está aumentando, então nós temos que ter esses locais específicos para atendimento ao idoso, que é uma população que tem aumentado muito e geralmente é a maior demanda que nós estamos tendo nas unidades de saúde. Isso está na nossa programação, criar essas estruturas específicas que vão atender ao idoso da capital para que ele possa ser atendido mais rapidamente, que tenha o seu problema solucionado. Isso é possível”. Destacou.
“Quando fui prefeito de Maracaju, nós tínhamos aquelas filas enormes no hospital. Cheguei a ter que colocar câmeras filmadoras na recepção da unidade de saúde do hospital para monitorar a qualidade do atendimento. Foi feito isso, e isso resolveu. Nós esvaziamos aquela fila porque da minha sala da prefeitura eu acompanhava se o atendente tava atendendo bem na recepção, na chegada do paciente a esse pronto atendimento médico (...). Existem ferramentas hoje modernas, mas nós temos que, principalmente, valorizar o servidor público e dar condições para ele atender bem o cidadão. Nós somos hoje servidores públicos, quem nos coloca e quem paga o nosso salário é o cidadão que paga os seus impostos, então nós temos que buscar sempre melhorar a qualidade do serviço pra esse cidadão”.
Sobre o transporte coletivo de Campo Grande Azambuja falou em reestruturação: ”Hoje, nós sabemos que é um transporte que não atende as necessidades do trabalhador. Ele é demorado, ele é caro, e precisa de uma reestruturação para dar mais agilidade. Não adianta o trabalhador sair às cinco horas de casa e demorar duas horas pra chegar no seu local de trabalho”. Criticou.
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