Campo Grande sediará congresso estadual do leite nos dias 14 e 15 de maio
Cerca de 6.038 pessoas deixaram a produção de leite em 10 anos no Mato Grosso do Sul, os dados são do último levantamento agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no período de 1996 a 2006. Em contrapartida, o IBGE registrou no Estado um acréscimo na produção de leite equivalente a 43% entre os anos de 2006 e 2010. “Os produtores diminuem, mas os que ficam se dedicam e investem em tecnologia”, aponta o zootecnista, palestrante do Programa Mais Leite, André Rozemberg Peixoto Simões.
O número de produtores no Brasil, apresentou uma queda de 26% no período entre 1996 e 2006. Nessa mesma época, Mato Grosso do Sul que registrava 29.579 produtores, caiu para 23.541, apresentando certa estabilidade. “O Programa Mais Leite passará por cinco municípios de MS, intencionando melhorar os índices em beneficio do produtor rural, que por meio de estratégias dará qualidade, maior volume e rentabilidade para setor leiteiro”, explica Clodoaldo Martins, superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul – Senar/MS.
Em Mato Grosso do Sul são registrados valores de R$ 0,19 de diferença entre um litro de leite de um produtor para outro. André Rozemberg atribui a diferença dos valores ao investimento na pastagem, calendário de produção, estratégias de venda e armazenamento do produto.
A abertura comercial do mercado do leite iniciou na década de 90, a partir de então a modernização é vista por fatores que incluem a coleta a granel do leite, embalagem longa vida, a visão estratégica e aumento de tecnologias na propriedade. Como todo investimento se exige disposições monetárias, o produtor rural atualmente tem a disposição linhas de crédito que o permitem sua atualização no mercado.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, é uma das alternativas para que pequenos e grandes produtores possam investir em tecnologias, e melhorar a qualidade do seu produto, aumentando o rendimento e automaticamente a rentabilidade. Com baixas taxas de juros, o programa tem como público alvo os agricultores familiares cadastrados na Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP).
A taxa de juros do Pronaf varia de acordo com o valor total de custeio, um produtor financiar R$ 10 mil, por exemplo, terá juros de 1,5% ao ano, já com o financiamento de R$ 50 mil arcará com os juros de 4,5%. O mini produtor por meio desse benefício, pode financiar até R$ 18 mil, enquanto que o grande produtor tem direito a valores acima de R$ 700 mil.
As informações foram transmitidas a cerca de 120 produtores rurais na cidade de Camapuã, e segue para as cidades de Paranaíba, Glória de Dourados e Anastácio, fechando o ciclo de palestra do Programa Mais Leite em Campo Grande, com um Congresso Estadual do Leite, nos dias 14 e 15 de maio com realização do Senar/MS, em parceria com a Federação da Agricultura e pecuária de Mato Grosso do Sul - Famasul.
Mais Leite - O Programa é uma iniciativa do Senar/MS, Federação da Agricultura e Pecuária de MS – Famasul e Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), com a parceria dos sindicatos rurais, Banco do Brasil e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Sobre o Senar - O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar, é uma instituição mantida pela classe patronal rural, vinculada à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Tem o objetivo de desenvolver ações educativas, que visam o desenvolvimento do homem rural como cidadão e como trabalhador, numa perspectiva de crescimento e bem-estar social. Para mais informações, acesse: www.senarms.org.br.
Marcele Aroca
Gerente de Comunicação /Jornalista MTB 071/MS
SATO COMUNICAÇÃO /Telefone: (67) 3042-0112
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