Para o chefe da AI, a ocupação do Alemão funcionou só em pequena escala
Em entrevista ao Terra Magazine, o secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, falou sobre a vinda ao país de uma comitiva da ONG internacional, uma das principais no que diz respeito aos direitos humanos. Os ativistas vão se encontrar com entidades que pedem a investigação da ocupação do Complexo do Alemão, em novembro do ano passado, e pretendem ser recebidos pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador do Rio, Sérgio Cabral.
Segundo Shetty, os policiais costumam ser responsáveis por 30% das vítimas em grandes operações, como a do Alemão, que para ele funcionou apenas em “pequena escala”. Ele disse que a AI não acredita “de forma alguma” que funcione no Brasil a investigação independente da violência policial.
“O Brasil está se tornando um país muito importante politicamente e economicamente. É um dos primeiros países a aprovar um Plano Nacional de Direitos Humanos e tem uma importante história de combate à tortura. (...) Mas não preciso dizer que há desafios. O sistema de justiça criminal, por exemplo. Crime dentro da polícia é um problema em muitas áreas, corrupção também”, defendeu.
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