Muito tem se falado sobre os direitos humanos, do cidadão, das minorias, do menor, do adolescente e tantos outros que seria difícil aqui descrever. Coloco-me a pensar sobre as obrigações a que essas pessoas estão submetidas, e sobre as quais nada se comenta.
Desde quando criança me ensinaram que, antes de qualquer coisa, tinha que cumprir com minhas obrigações, quaisquer que fossem elas, como a de ajudar na casa, de fazer as tarefas escolares ou algo que meus pais determinassem. Eram minhas obrigações, a serem realizadas primeiramente, para, depois, poder brincar, jogar bola ou qualquer outro tipo de lazer.
Atualmente, só ouço falar em direitos, e nunca em obrigações. Começando por nossos governos, sejam municipais, estaduais ou federais, que possuem o direito de nos cobrar cada vez mais impostos, mas cada vez menos cumprem com suas obrigações constitucionais de dar saúde, educação, habitação e segurança para a população brasileira.
Cada vez mais assistimos cidadãos morrendo nas portarias dos hospitais públicos, sem sequer serem levados para seu interior e, quando o são, são atendidos em macas, nos corredores, e até no chão. Consultas precisam ser marcadas com meses de antecedência. Frequentemente faltam remédios de uso contínuo nos postos de distribuição para a população mais carente, enquanto farmácias particulares vendem os remédios que deveriam ser de distribuição gratuita.
Pessoas são soterradas ao construírem suas casas sobre um lixão antigo em um morro que, com a chuva, naturalmente desmorona. O governo sabia do lixão, e, pior, em época de eleições anteriores, construiu ruas no local. Não se constroem casas para essa população de baixa renda, e as favelas aumentam indiscriminadamente nas grandes cidades do país.
Alunos das escolas públicas entram nas faculdades sem saber sequer redigir um texto corretamente, ou saber pequenas coisas básicas que serão usadas em sua vida diária. Já me deparei com uma universitária que não sabia que um boleto de pagamento com código de barras necessariamente contém a numeração equivalente àquele código, e que descreve o vencimento, o valor, a agência e o banco credor daquele título. Esses códigos são utilizados diariamente para tudo, seja num pacote café, computador ou veículo novo. Mas a universitária não sabia.
E não é só o governo que sempre falha no cumprimento de seus deveres, sem nunca se esquecer de exigir os seus direitos. As ONGs e igrejas, e até cantores e cineastas estrangeiros, se acham no direito de vir em nosso país dizer o que e onde podemos, devemos, ou não, construir e explorar. Criminosos têm o direito de não ser expostos algemados, presos têm o direito de receber refeições balanceadas além de tratamento médico e odontológico. As respectivas famílias recebem um “salário reclusão”, pois aquele que “sustentava” a casa está preso.
E as obrigações dessas pessoas? O que fazem ou fizeram? No que trabalham? O que produzem para si, sua família e para o país? Matam, roubam, sequestram e ainda têm o direito de receber o que os que não erraram não recebem?
Que país é este, onde o governo não cumpre com suas obrigações e ser bandido é mais vantajoso do que ser honesto? Onde só se possui direitos e não obrigações?
Precisamos refletir mais sobre essas questões e votar melhor. Corruptos e bandidos não podem estar no poder. Seu lugar é na cadeia. Ou nos transformaremos em um país cada vez mais infestado de ladrões e corruptos.
Autor:João Bosco Leal.
Desde quando criança me ensinaram que, antes de qualquer coisa, tinha que cumprir com minhas obrigações, quaisquer que fossem elas, como a de ajudar na casa, de fazer as tarefas escolares ou algo que meus pais determinassem. Eram minhas obrigações, a serem realizadas primeiramente, para, depois, poder brincar, jogar bola ou qualquer outro tipo de lazer.
Atualmente, só ouço falar em direitos, e nunca em obrigações. Começando por nossos governos, sejam municipais, estaduais ou federais, que possuem o direito de nos cobrar cada vez mais impostos, mas cada vez menos cumprem com suas obrigações constitucionais de dar saúde, educação, habitação e segurança para a população brasileira.
Cada vez mais assistimos cidadãos morrendo nas portarias dos hospitais públicos, sem sequer serem levados para seu interior e, quando o são, são atendidos em macas, nos corredores, e até no chão. Consultas precisam ser marcadas com meses de antecedência. Frequentemente faltam remédios de uso contínuo nos postos de distribuição para a população mais carente, enquanto farmácias particulares vendem os remédios que deveriam ser de distribuição gratuita.
Pessoas são soterradas ao construírem suas casas sobre um lixão antigo em um morro que, com a chuva, naturalmente desmorona. O governo sabia do lixão, e, pior, em época de eleições anteriores, construiu ruas no local. Não se constroem casas para essa população de baixa renda, e as favelas aumentam indiscriminadamente nas grandes cidades do país.
Alunos das escolas públicas entram nas faculdades sem saber sequer redigir um texto corretamente, ou saber pequenas coisas básicas que serão usadas em sua vida diária. Já me deparei com uma universitária que não sabia que um boleto de pagamento com código de barras necessariamente contém a numeração equivalente àquele código, e que descreve o vencimento, o valor, a agência e o banco credor daquele título. Esses códigos são utilizados diariamente para tudo, seja num pacote café, computador ou veículo novo. Mas a universitária não sabia.
E não é só o governo que sempre falha no cumprimento de seus deveres, sem nunca se esquecer de exigir os seus direitos. As ONGs e igrejas, e até cantores e cineastas estrangeiros, se acham no direito de vir em nosso país dizer o que e onde podemos, devemos, ou não, construir e explorar. Criminosos têm o direito de não ser expostos algemados, presos têm o direito de receber refeições balanceadas além de tratamento médico e odontológico. As respectivas famílias recebem um “salário reclusão”, pois aquele que “sustentava” a casa está preso.
E as obrigações dessas pessoas? O que fazem ou fizeram? No que trabalham? O que produzem para si, sua família e para o país? Matam, roubam, sequestram e ainda têm o direito de receber o que os que não erraram não recebem?
Que país é este, onde o governo não cumpre com suas obrigações e ser bandido é mais vantajoso do que ser honesto? Onde só se possui direitos e não obrigações?
Precisamos refletir mais sobre essas questões e votar melhor. Corruptos e bandidos não podem estar no poder. Seu lugar é na cadeia. Ou nos transformaremos em um país cada vez mais infestado de ladrões e corruptos.
Autor:João Bosco Leal.
www.joaoboscoleal.com.br
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