terça-feira, 18 de maio de 2010

Drogadição

O abuso de drogas é considerado pela OMS como doença social epidêmica. No Brasil seu índice é progressivo e extremamente elevado.

A drogadição vem acontecendo com maior freqüência pelos jovens; e mais precocemente com os de vulnerabilidade social. O organismo sofre efeitos desde a intoxicação aguda passando pelo uso nocivo, dependência, abstinência, delirium, psicose, amnésia, outros transtornos mentais e de comportamento levando até a morte.

A motivação do jovem para o uso são vários:
a) motivação social: driblar problemas pessoais; facilitar contato com a sociedade para fazer o que o grupo faz; pelo sabor do proibido; encontrar novo estilo de vida;
b) motivação experimental: ter prazer; animar-se; curiosidade;
c) motivação sintomatológicas: acalmar os nervos; dormir melhor; não dormir; emagrecer.

As drogas exercem ao cérebro efeitos tanto depressores como estimuladores ou mesmo perturbadores. Sinais que identificam o usuário: mudança brusca de comportamento; falta de motivação para atividades comuns; queda no rendimento escolar; isolamento; inquietação; insônia ou o contrário; depressão; sonolência; acidentes de trânsito se tornam comuns; telefonemas de pessoas desconhecidas; dificuldade de entrosamento com a família; olhos vermelhos e dilatados; baixa auto-estima; emagrecimento; lesões ou irritações nasais constantes; desaparecimento de objetos de valor; medo; pânico; agressividade; tentativa de suicídio; delírios e outros.

A família quando perceber sinais de uso deve ser calma e firme. Manter o diálogo sempre quando o jovem estiver lúcido. O usuário não deve sentir-se abandonado. A motivação em busca de alternativas para um tratamento deve ser sempre sugerida. Os familiares apresentam dificuldades em abordar este assunto, às vezes por medo, preconceito, desinformação. Certamente mudanças no relacionamento familiar será um fator decisivo tanto para a prevenção do uso, como para o início do tratamento. O desenvolvimento de competências para tomar decisões em busca de qualidade de vida e da superação dos problemas do cotidiano é o meio mais valioso para afastar os jovens das situações e comportamentos de risco para a saúde.

Autora: Enfermeira Drª Maria Amélia da Costa Rech

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