
A retração do crescimento econômico dos países emergentes decorre da crise dos desenvolvidos, segundo a presidente Dilma Rousseff, que se reuniu nesta terça-feira com a chanceler alemã Angela Merkel na feira de tecnologia CeBIT 2012, em Hannover. Dilma cobrou da União Europeia a resolução do impasse sem que haja prejuízo para as economias em desenvolvimento, como o Brasil.
"Não só os países desenvolvidos estão sofrendo pressões nas suas taxas de crescimento, mas também os países emergentes", disse.
Apesar da crítica direta, a presidente acredita que os europeus vão procurar as formas mais adequadas de cooperação para "ultrapassar este período adverso para a economia internacional". Ela afirmou que o Brasil agirá para expandir o crescimento brasileiro dentro dos limites do equilíbrio macroeconômico com "finanças públicas e uma estrutura fiscal sólida".
Para Merkel, Dilma pediu ajuda com investimentos de companhias alemãs no Brasil, sobretudo nos setores de infraestrutura e na organização de grande eventos, como Olimpíadas.
A líder do governo brasileiro, no entanto, está preocupada com as consequências das medidas de austeridade defendidas por Merkel e implementadas em alguns países da Europa, como a Grécia e a Itália.
O Banco Central Europeu está sendo alvo de críticas por parte de Dilma nas últimas semanas, por conta do aumento em 530 bilhões de euros dos empréstimos a juros baixos disponíveis aos bancos da área, o que poderia desvalorizar o euro e aumentar o fluxo de divisas para países emergentes. Dessa forma, o real fica valorizado em relação ao dólar e as exportações brasileiras, consequentemente, se tornam mais caras.
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