Se nos reportarmos algumas décadas, teremos em mente mulheres tendo seus filhos de parto natural, realizados nas suas casas, com ajuda da parteira moradora da região. Muito raramente havia nascimentos nos hospitais com assistência médica. Tudo acontecia de forma natural. A natureza se incumbia do restabelecimento e bem estar da mãe e do bebê.
As mulheres com o movimento feminista, os incentivos ocorridos pelas mudanças de comportamento, conseqüência da revolução sexual tornaram-se mais desembaraçadas e exigentes.
O parto é um dos momentos mais esperados e delicados para a mãe e o bebê.
Os avanços somados ao acompanhamento médico e de enfermagem, permitem opções diferentes de partos confortáveis e seguros.
Com o surgimento da ultra-sonografia esse desenvolvimento tecnológico permitiu um diagnóstico mais preciso das condições do bebê no útero que, em alguns casos é possível até curar determinadas doenças fetais.
Se antes o bebê sentia-se protegido no ventre materno, hoje esta cercado de cuidados de tal forma, a ponto de se garantir o estado de saúde que terá ao nascer.
A cesariana é mais uma das opções para o nascimento, trata-se de um procedimento cirúrgico, que tem suas indicações: quando a posição do bebê é inadequada; a dilatação do colo uterino inexiste; o bebê é muito grande em relação a bacia da mãe,dificultando a passagem por via baixa;sensibilização do feto pelo fator Rh; quando durante o trabalho de parto surje o sofrimento fetal( oxigenação insuficiente);deslocamento de placenta prematuramente;encurtamento do cordão umbilical; primeira gestação com idade avançada; eclampsia; pré-eclampsia; insuficiência placentária;mãe diabética e/ou hipertensa.
A cesariana por ser um procedimento que isenta a dor do parto, presenteia a mãe na escolha da data e hora de estar com seu filho no colo, evita corre- corre; o bebê não sofreria o trauma do parto. Para o profissional a tranqüilidade de não deparar com possíveis complicações, o tempo que num parto normal levaria em média de 6 a 12 horas em uma cesariana nas condições normais não ultrapassaria mais de 1 hora. Poderíamos dizer: é unir o útil ao agradável,conveniente para ambos, predominando dessa forma cesarianas sem indicação.
Sabemos que o aumento abusivo do número de cesáreas é um fato mundial. O Brasil é um dos países que mais faz cesárea no mundo. A OMS adverte a cesariana pode fazer mal a saúde. No Brasil o aumento vai de 10 a 20% chegando em algumas regiões a 80%. Isso significa um número maior de procedimentos cirúrgicos desnecessários por ano, acarretando uma perda financeira, além de leitos ocupados diariamente nos hospitais.
Porque o parto normal indiscutivelmente é a melhor opção: Vamos começar com o índice de mortalidade do bebê, é cinco vezes menor se comparado aos da cesariana; a incidência de desconforto respiratório é bem menor nos bebês, porque a pressão que sofrem durante a passagem pelo canal vaginal sobre o tórax da criança, ajuda a expelir o líquido presente em seus pulmões; menos invasivo,acontece na hora certa em que a mãe e o filho estão preparados;as dores podem ser controladas com anestésicos que não influenciam nas contrações; se necessário faz-se episiotomia, que é um corte lateral aumentando a passagem facilitando a saída para o bebê; a mãe volta ao seu peso normal mais rapidamente;não há dor após o parto;a recuperação é rápida deixando a mãe tranqüila para manusear o bebê;favorece a lactação; cada parto fará que o trabalho de parto da próxima gestação seja mais fácil; e o relaxamento da musculatura pélvica não altera em nada o desempenho sexual.
È importante que a gestante durante seu período gestacional, no seu pré-natal converse com seu médico,com a equipe que lhe acompanha,troque idéias, tire suas dúvidas .
Se o médico lhe indicar cesariana, e ela não estiver convencida da necessidade, vá em busca de outro profissional, para ter outra opinião a respeito.
O parto Normal é, e sempre será o mais indicado e melhor em todos os aspectos, caso não seja possível precisamos estar cientes que a cesariana não é um insucesso é a resolução do problema.
Autora:Enfermeira Drª Maria Amélia da Costa Rech
Autora:Enfermeira Drª Maria Amélia da Costa Rech
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