domingo, 14 de agosto de 2011

Inter muda de postura e cede empate para o Bahia no 2.º tempo

O novo técnico do Inter, Dorival Júnior, que assume o time na terça-feira, terá de mostrar dotes de psicólogo para desenvolver o seu trabalho no clube. A equipe colorada mostrou sofrer de transtorno bipoloar diante do Bahia, neste domingo. Jogando fora de casa, os gaúchos mostraram confiança e ambição no primeiro tempo, e recuaram satisfeitos com o resultado parcial no segundo. O placar final foi o 1 a 1 no Pituaçu.

Após 16 rodadas do Campeonato Brasileiro, o Inter se mantém em sétimo lugar. O Bahia, time que mais empatou como mandante na competição - cinco vezes em oito jogos - ocupa a 13ª posição, com quatro pontos de vantagem para a zona do rebaixamento.

Um time com posse de bola e com vontade de ir às redes. Assim foi o Inter no primeiro tempo. A superioridade se traduziu com o gol de Leandro Damião, aos 41 minutos, e uma série de chances desperdiçadas.

Recuado e abusando das faltas, os colorados foram cedendo espaço na segunda etapa. Tantas foram as infrações, que Índio cometeu pênalti aos 32 minutos. Jobson cobrou e empatou. Nos minutos finais, os gaúchos voltaram a demonstrar eletricidade, mas não marcaram.

Na próxima rodada, o Inter enfrenta o Botafogo na estreia de Dorival Junior. O Bahia enfrentará o Palmeiras.

O jogo - As pretensões de cada clube ficaram evidentes no gramado do Pituaçu durante os 45 minutos iniciais. Disputando para seguir na elite do futebol brasileiro, o Bahia não fez o mando de campo ter peso diante de um adversário que almeja as posições mais altas da tabela. O Inter dominou o jogo, teve a bola nos seus pés e insistiu até marcar seu gol.

A vantagem colorada foi construída através de um tripé. A base era a posse de bola. As escapadas de Zé Mário pelo lado esquerdo e as jogadas individuais de Leandro Damião construíram os outros alicerces da superioridade dos gaúchos, mesmo que o Bahia tenha tido gol anulado aos 7 minutos em impedimento duvidoso. Pouco antes, Jô chutou para defesa de Marcelo Lomba. O atacante colorado, logo depois, teve, também, um gol anulado por falta em cima do zagueiro Paulo Miranda.

Quinta pior campanha do Brasileirão como mandante, o Tricolor Baiano chegava em lances individuais de Carlos Alberto. No ataque, a produção de Jobson e Reinaldo não contribuía para que as estatísticas dentro de casa melhorassem.

Em Florianópolis, onde descansa antes de assumir o Inter a terça-feira, o técnico Dorival Junior abriu um sorriso ao saber que pode contar com Leandro Damião, um centroavante que torna o ato de fazer gol ser simples. Mesmo quando a defesa está fechada, o lance embolado, o camisa 9 acha espaço para finalizar.

Mas antes que Damião comemorasse, ele viu Muriel salvar. Após cobrança em dois toques dentro da área, o goleiro gaúcho salvou duas vezes. Instantes depois, em um chutão seu, o centroavante se movimentou como se fosse um pivô de basquete. Girou sobre o zagueiro, pegou a bola por trás do defensor e tocou para o gol, aos 41 minutos. O intervalo ainda não havia chegado, quando Tinga chutou para fora com o goleiro caído e o gol escancarado.

Acomodar: ato protagonizado pelo Inter no segundo tempo. O time do interino Osmar Loss saiu do vestiário com outra personalidade, pouco lembrando a equipe que começou a partida. Sem manter a posse de bola, os visitantes abusaram das faltas em seu campo defensivo. Muriel salvou em cobrança de falta de Ricardinho e em chute de Carlos Alberto nos primeiros lances da etapa final.

A postura colorada não se modificou nem mesmo quando Fabinho foi expulso, aos 16 minutos. O Bahia seguiu insistindo, o Inter se defendendo e buscando um contra-ataque para resolver a noite. Elton salvou o que seria o gol do empate em cima da linha.

As faltas coloradas foram tantas que uma delas ocorreu dentro da área, com Índio derrubando Willian Thiego e recebendo cartão vermelho, aos 32 minutos. Jobson cobrou o pênalti com precisão para empatar o confronto.

Sem se conformar com o empate, o Inter buscou o seu segundo gol. João Paulo tocou para fora no minuto final. Nos acréscimos, o Inter reclamou de uma mão na bola de Fahel não marcado pelo árbitro.

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