A oposição fez fortes críticas no Senado à libertação do ex-ativista italiano Cesare Battisti, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em um balanço do que foi dito na quinta-feira, dia 9, o parlamentar e ex-procurador Pedro Taques (PDT-MT) comparou a situação a uma eventual concessão de abrigo ao terrorista Osama Bin Laden, morto pelos Estados Unidos.
Para o senador, o Brasil se transformou em um "cafofo, esconderijo, mocó de criminosos". “A decisão é lamentável do ponto de vista de um Estado que se diz democrático de direito. (...) Nós não vivemos isolados, não somos a Albânia, não somos a Coreia do Norte”, afirmou.
O líder do DEM, senador Demóstenes Torres, chamou Battisti de “delinquente”. “Nem na época da ditadura militar uma decisão do Supremo de extradição foi descumprida”, disse. Já a senadora Ana Amélia (PP), da base aliada ao governo, afirmou que a libertação do italiano prejudica a imagem do país no exterior e a dos próprios brasileiros, por saberem que aqui “acaba sendo um refúgio de criminosos ou de bandidos".
Um comentário:
A real natureza dos crimes pelos quais Battisti foi condenado, que foi o assassinato de quatro pessoas - entre elas, um açougueiro e um joalheiro. Segundo o ministro do STF, esses crimes são comuns, hediondos e não políticos, e, por esse motivo, a concessão do refúgio é ilegal.
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