No mês de agosto, estive na Universidade de Ohio (Ohio University), em Athens, realizando a extensão internacional do MBA em gestão empresarial.
Ao ter acesso à Universidade é impressionante deparar com a infraestrutura física, esportiva, de pesquisa, bem como a receptividade com que nós brasileiros fomos tratados, ficando demonstrado, mais uma vez, à atenção que os americanos dão para a organização, pontualidade, formalidade e respeito a todos àqueles que estão em seu Pais, em busca do conhecimento. O cronograma do curso foi cumprido rigorosamente no dia e horários pré-determinados.
O tema central do curso foi o debate sobre as perspectivas e tendências do futuro para o Brasil e para o mundo, e como devemos preparar-nos para conviver com todas as transformações que estão ocorrendo, tanto moral, como social.
Em razão da quantidade de assuntos relevantes e previsões para o futuro dos estudiosos lá presentes, entendi que seria interessante divulgar o que foi tratado, o que farei em alguns artigos seqüenciais, sendo este, o primeiro deles, que trata das mudanças que estão por vir diante da quantidade de informações que os homens estão tendo acesso.
Segundo Lynn Gellermann*, as Universidades mudarão o foco de investimento, pois até o momento sempre investiram de forma não econômica, sem verificar a viabilidade comercial da pesquisa. E a partir desses novos tempos, os investimentos em pesquisa deverão ser mais criativos, levando em conta a produtividade da invenção, no sentido de tornar (viabilizar) o invento em produto comercializável. Os investimentos com maior probabilidade de retorno serão aqueles em energia limpa, em gestão de ativos digitais e no ensino a distância. No mercado de capitais haverá grande crescimento dos chamados investidores "anjos".
Bill Sams**, no painel “Liderando a Mudança” disse que há dois tipos de pessoas: aquelas que causam as mudanças e aquelas que sofrem as mudanças, sendo que devemos estar muito atentos a evolução tecnológica, pois a quantidade de informações à disposição do homem estará cada vez maior e a velocidade em(tirar o em) que as decisões serão tomadas e implementadas fará toda a diferença entre o lucro e a perda.
No século 19 a economia dos Estados Unidos era essencialmente agrícola e 85% (oitenta e cinco porcento) dos americanos trabalhavam nesse setor. Hoje, apenas 3% (três porcento) dos americanos trabalham na agricultura, e os Estados Unidos continuam exportando produtos agrícolas. A indústria americana produz muito mais com apenas os 3% de indivíduos trabalhando nessa área; não por terceirizar os empregos, mais sim, em razão da utilização de tecnologia que leva a melhoria da produtividade.
Já na atualidade, século 21, a grande mudança está no setor de serviço, sendo que, atualmente esse setor absorve 85% (oitenta e cinco por cento) dos americanos, e é na prestação de serviços que está o futuro, como também na maior utilização das redes sociais, realidade aumentada entre outros.
Muito em breve, vamos presenciar a nova realidade virtual, onde cada ser humano terá em suas mãos, a potência de computação que excede toda a capacidade dos 6 bilhões de humanos que vivem na terra, e quando isso ocorrer, situação que não demorará muito, não se tem idéia qual será o limite da capacidade homem/máquina.
Em 1960, na maioria das grandes empresas havia um centro de processamento de dados; em 2010 temos os departamentos de Tecnologia da Informação (TI): em 2060 não existirá nada disso, terá apenas tecnologia de conhecimento e decisões. Isso já existe em Wall Street, pois as ações das companhias são vendidas e compradas em milésimos de segundos – sendo assim, o tempo que uma pessoa levar para se implementar uma decisão será a chave do sucesso.
A palavra realidade não é usada de forma correta, quando se fala em realidade física só pode ser vivida com os 5 sentidos, mas no mundo virtual (sintético) temos 3 sentidos: visão, contato tátil e auditivo; chegará o momento que haverá o conjunto dos 8 sentidos, e quando esse dia chegar, nós devemos estar preparados, e a partir de agora, abrir a mente para a mudança, para que possa melhorar o poder e a potência do mundo virtual.
Até 2060 haverá uma grande transformação da convivência do homem / máquina, sendo que vamos testemunhar o nascimento de uma nova espécie; e em pouco tempo as máquinas evoluirão além dos humanos. Em 2060 com apenas U$ 1000 (mil) dólares qualquer pessoa poderá ter acesso e comprar o poder de análise de todos os seres humanos, serão os trans-humanos. O pensamento não será em termos lineares, pois o crescimento da quantidade de informação é em termos algarítimo, sendo assim, devemos pensar o que fazer com toda a informação e privacidade que teremos acesso, será que estamos preparados para essa nova era? É muito importante pensar sobre isso e devemos preparar-nos para isso.
As crianças terão mais habilidade no futuro na tomada de decisões, pois hoje são treinadas a tomar decisões rapidamente, através dos jogos interativos. Exemplificando, quando uma criança joga um game virtual onde é um piloto de avião, treina automaticamente as intercorrências que poderão surgir no exercício dessa atividade. Assim, se quando adulta, exercer a profissão de piloto de avião, poderá ter maior habilidade e tomar as decisões muito mais rápidas que outras que não praticaram jogos virtuais co-relacionados. Essa realidade não está tão longe, uma vez que, os investimentos em aplicativos móveis tem crescido exponencialmente, com investimentos de dez bilhões de dólares e projeção de crescimento para 30 bilhões de dólares.
Diante das informações e dados acima, ficam duas perguntas para refletir: Nós vamos mudar ou ser mudados? Transformar ou ser transformados?
*Lynn Gellerm é um dos sócios fundadores da Adena Venturesm, atua nos conselhos de administração de várias empresas Adena portfólio, incluindo Ed Mapa, Emergent Game Technologies, Serra e Novo Plano Game Technologies. Atua como consultor para a Universidade de Ohio.
**Bill Sams - atualmente atua como executivo para a Universidade de Ohio programa Sem Fronteiras.
Autora – Jane Resina F. de Oliveira é advogada. Sócia fundadora do escritório Resina & Marcon Advogados Associados. Mestre UnB – Universidade de Brasília, MBA em Gestão Empresarial/FGV-RJ/ MBAInternacional em Gestão Empresarial Ohio University. Pós Graduação em Direito Empresarial UCDB/MS. Palestrante, com livros e artigos publicados nas áreas de Direito Societário e Eletrônico. www.resinamarcon.com.br. Blog – http://www.janeresina.adv.br; Twitter - http://twitter.com/JaneResina; e-mail jane@resinamarcon.com.br
Ao ter acesso à Universidade é impressionante deparar com a infraestrutura física, esportiva, de pesquisa, bem como a receptividade com que nós brasileiros fomos tratados, ficando demonstrado, mais uma vez, à atenção que os americanos dão para a organização, pontualidade, formalidade e respeito a todos àqueles que estão em seu Pais, em busca do conhecimento. O cronograma do curso foi cumprido rigorosamente no dia e horários pré-determinados.
O tema central do curso foi o debate sobre as perspectivas e tendências do futuro para o Brasil e para o mundo, e como devemos preparar-nos para conviver com todas as transformações que estão ocorrendo, tanto moral, como social.
Em razão da quantidade de assuntos relevantes e previsões para o futuro dos estudiosos lá presentes, entendi que seria interessante divulgar o que foi tratado, o que farei em alguns artigos seqüenciais, sendo este, o primeiro deles, que trata das mudanças que estão por vir diante da quantidade de informações que os homens estão tendo acesso.
Segundo Lynn Gellermann*, as Universidades mudarão o foco de investimento, pois até o momento sempre investiram de forma não econômica, sem verificar a viabilidade comercial da pesquisa. E a partir desses novos tempos, os investimentos em pesquisa deverão ser mais criativos, levando em conta a produtividade da invenção, no sentido de tornar (viabilizar) o invento em produto comercializável. Os investimentos com maior probabilidade de retorno serão aqueles em energia limpa, em gestão de ativos digitais e no ensino a distância. No mercado de capitais haverá grande crescimento dos chamados investidores "anjos".
Bill Sams**, no painel “Liderando a Mudança” disse que há dois tipos de pessoas: aquelas que causam as mudanças e aquelas que sofrem as mudanças, sendo que devemos estar muito atentos a evolução tecnológica, pois a quantidade de informações à disposição do homem estará cada vez maior e a velocidade em(tirar o em) que as decisões serão tomadas e implementadas fará toda a diferença entre o lucro e a perda.
No século 19 a economia dos Estados Unidos era essencialmente agrícola e 85% (oitenta e cinco porcento) dos americanos trabalhavam nesse setor. Hoje, apenas 3% (três porcento) dos americanos trabalham na agricultura, e os Estados Unidos continuam exportando produtos agrícolas. A indústria americana produz muito mais com apenas os 3% de indivíduos trabalhando nessa área; não por terceirizar os empregos, mais sim, em razão da utilização de tecnologia que leva a melhoria da produtividade.
Já na atualidade, século 21, a grande mudança está no setor de serviço, sendo que, atualmente esse setor absorve 85% (oitenta e cinco por cento) dos americanos, e é na prestação de serviços que está o futuro, como também na maior utilização das redes sociais, realidade aumentada entre outros.
Muito em breve, vamos presenciar a nova realidade virtual, onde cada ser humano terá em suas mãos, a potência de computação que excede toda a capacidade dos 6 bilhões de humanos que vivem na terra, e quando isso ocorrer, situação que não demorará muito, não se tem idéia qual será o limite da capacidade homem/máquina.
Em 1960, na maioria das grandes empresas havia um centro de processamento de dados; em 2010 temos os departamentos de Tecnologia da Informação (TI): em 2060 não existirá nada disso, terá apenas tecnologia de conhecimento e decisões. Isso já existe em Wall Street, pois as ações das companhias são vendidas e compradas em milésimos de segundos – sendo assim, o tempo que uma pessoa levar para se implementar uma decisão será a chave do sucesso.
A palavra realidade não é usada de forma correta, quando se fala em realidade física só pode ser vivida com os 5 sentidos, mas no mundo virtual (sintético) temos 3 sentidos: visão, contato tátil e auditivo; chegará o momento que haverá o conjunto dos 8 sentidos, e quando esse dia chegar, nós devemos estar preparados, e a partir de agora, abrir a mente para a mudança, para que possa melhorar o poder e a potência do mundo virtual.
Até 2060 haverá uma grande transformação da convivência do homem / máquina, sendo que vamos testemunhar o nascimento de uma nova espécie; e em pouco tempo as máquinas evoluirão além dos humanos. Em 2060 com apenas U$ 1000 (mil) dólares qualquer pessoa poderá ter acesso e comprar o poder de análise de todos os seres humanos, serão os trans-humanos. O pensamento não será em termos lineares, pois o crescimento da quantidade de informação é em termos algarítimo, sendo assim, devemos pensar o que fazer com toda a informação e privacidade que teremos acesso, será que estamos preparados para essa nova era? É muito importante pensar sobre isso e devemos preparar-nos para isso.
As crianças terão mais habilidade no futuro na tomada de decisões, pois hoje são treinadas a tomar decisões rapidamente, através dos jogos interativos. Exemplificando, quando uma criança joga um game virtual onde é um piloto de avião, treina automaticamente as intercorrências que poderão surgir no exercício dessa atividade. Assim, se quando adulta, exercer a profissão de piloto de avião, poderá ter maior habilidade e tomar as decisões muito mais rápidas que outras que não praticaram jogos virtuais co-relacionados. Essa realidade não está tão longe, uma vez que, os investimentos em aplicativos móveis tem crescido exponencialmente, com investimentos de dez bilhões de dólares e projeção de crescimento para 30 bilhões de dólares.
Diante das informações e dados acima, ficam duas perguntas para refletir: Nós vamos mudar ou ser mudados? Transformar ou ser transformados?
*Lynn Gellerm é um dos sócios fundadores da Adena Venturesm, atua nos conselhos de administração de várias empresas Adena portfólio, incluindo Ed Mapa, Emergent Game Technologies, Serra e Novo Plano Game Technologies. Atua como consultor para a Universidade de Ohio.
**Bill Sams - atualmente atua como executivo para a Universidade de Ohio programa Sem Fronteiras.
Autora – Jane Resina F. de Oliveira é advogada. Sócia fundadora do escritório Resina & Marcon Advogados Associados. Mestre UnB – Universidade de Brasília, MBA em Gestão Empresarial/FGV-RJ/ MBAInternacional em Gestão Empresarial Ohio University. Pós Graduação em Direito Empresarial UCDB/MS. Palestrante, com livros e artigos publicados nas áreas de Direito Societário e Eletrônico. www.resinamarcon.com.br. Blog – http://www.janeresina.adv.br; Twitter - http://twitter.com/JaneResina; e-mail jane@resinamarcon.com.br
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