Meu pai é um cara incrível e responsável por esse meu jeito de amar animais. Ele é advogado e bancário aposentado, mas também é dono de uma simplicidade gigante. Na sua infância chegou a morar em uma fazenda com meus avós. Por isso chega a ser invejável seu jeito com animais.
Ao contrário de muita gente que prefere uns animais a outros, ele me surpreende. Conhece o canto dos pássaros, citando nomes. Foi com ele que aprendi a reparar nos vira-latas das ruas. Ele me ensinou a interagir com os bichos, respeitando o jeitinho de cada um. Meu pai adora dar apelidos aos animais e foi com ele que passei a ter um outro olhar para com os bichos.
Lembro-me de mesmo com cinco cachorros em casa, um gato e uma tartaruga, meu pai ainda achou vaga para os beija-flores que nos visitavam. Ele tratou de colocar na varanda um bebedor de água com açúcar e de visitantes passaram a fazer parte da nossa rotina. Os animais fazem tão bem a ele que da sua postura séria e jeito calado, esses seres conseguem fazê-lo sorrir.
Já chegamos a ter uma chácara e imagina que alegria para o meu velho. Vacas, patos, galinheiro, marrecos e até uma arara batizada de Luana que o chamava de “Paiê”. Infelizmente, vendemos a chácara, mudamos da casa para um apartamento e ficamos apenas com nossa gatinha, nada mais.
Confesso que a casa ficou triste, assim como ele.
Meu pai precisa ter contato com animais, interagir com os bichos. Assim, por último, quando comprei a Baby, foi uma nova alegria. Agora ele é “avô” da minha poodle. Compra ração, petiscos e fica com ela quando vou viajar. E é pro colo dele que ela corre, porque afinal, avô serve pra mimar mesmo.
Nesse dia dos pais, só tenho a agradecer o Sr. Osmar, meu pai. Um homem de coração tranquilo, que soube com simplicidade me ensinar a amá-los e a respeitar toda forma de vida. Obrigada, pai, por ser um exemplo para mim.
Nandra Laura
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