Nesta quinta-feira, um tribunal francês abriu investigação sobre a atuação da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em um acordo milionário para fechar uma batalha judicial quando ainda era ministra das Finanças da França.
A Corte de Justiça da República (CJR), a única instância habilitada na França e julgar ministros e ex-ministros por fatos cometidos no exercício de suas funções, foi que recomendou a investigação, que envolve as decisões tomadas por Christine Lagarde quando atuava como ministra.
A comissão de investigações da CJR emitiu "um parecer favorável a uma medida de instrução relativa a Lagarde", segundo declarou o presidente Gérard Palisse.
A decisão já deveria ter sido apresentado em 8 de julho, contudo o veredicto foi adiado em um mês por "razões de procedimento". A corte de Justiça da República anunciou a decisão depois de examinar os resultados de um inquérito preliminar feito por um painel do Judiciário.
Lagarde, que assumiu o cargo de chefia do FMI em julho, negou as acusações de desvio de conduta ao ter aprovado o pagamento de 285 milhões de euros de fundos públicos a Bernard Tapie para encerrar uma longa disputa legal com um antigo banco estatal.
Na época, havia o litígio de negócios entre o empresário Bernard Tapie e uma instituição pública que administrava os ativos podres do banco Crédit Lyonnais, salvo da falência nos anos 1990 pelo Estado francês.
O advogado de Lagarde, Yves Repiquet, disse em comunicado que a investigação não vai afetar as funções dela no comando do FMI. "Esse procedimento não é de maneira alguma incompatível com as funções atuais da diretora-gerente do FMI", afirmou Repiquet.
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