A presidente Dilma Rousseff precisou agir para que a Operação Voucher da Polícia Federal, que levou à prisão de 38 servidores do Ministério do Turismo, não azedasse ainda mais as relações com seu principal partido aliado, o PMDB. O Planalto enfrenta denúncias na Agricultura, pasta também comandada pela legenda, e passou por turbulências na Defesa, que levaram à troca do peemedebista Nelson Jobim pelo petista Celso Amorim.
Segundo informações do jornal “O Globo”, Dilma primeiro chamou a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e pediu que ela entrasse em contato com o colega do Turismo, Pedro Novais, que estava em São Paulo. A petista transmitiu a mensagem que as prisões não eram contra sua gestão – segundo a PF, o governo não havia sido avisado da operação.
Gleisi também pediu a Novais para ajudar a divulgar o que o ministério está fazendo para combater as denúncias apresentadas. Já Ideli Salvatti (Relações Institucionais) foi acionada para dizer a senadores do PMDB que as investigações também atingem filiados ao PT, desmentindo que se estaria fazendo uma nova “faxina”, desta vez disfarçada.
O vice-presidente Michel Temer, presidente licenciado do PMDB, também entrou em ação. Ele tentou acalmar os correligionários e entrou em contato com o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). O ex-secretário-geral do PT usou a mesma argumentação de Ideli junto aos parlamentares, de que a Operação Voucher também atinge o partido da presidente Dilma.
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