Alan de F. Brito, de Dourados
Depois que a segunda turma criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, considerou ilegal o grampo usado no processo contra o ex-presidente da Câmara de Naviraí, o vereador José Odair Gallo, o clima nos bastidores da política em Dourados está ‘tenso’. Políticos cassados após a Operação Uragano, deflagrada pela Polícia Federal em 2010, vereadores da atual legislatura e atores da política no município estão apreensivos. Para alguns, a decisão do TJ-MS pode ter reflexos nos processos que se instauraram após o ‘furacão’.
Dois dos três desembargadores consideraram como ilegal a escuta telefônica que apontou o envolvimento do vereador de Naviraí com Eduardo Uemura, filho de Sizuo Uemura, que é apontado pela PF como chefe da quadrilha que fraudava licitações na Prefeitura de Dourados. Como conseqüência da ‘ilegalidade’ da escuta, Gallo fica livre do processo que sofria sob acusação de corrupção ativa e passiva.
Vários políticos que renunciaram ou foram cassados após a Operação Uragano consideram ilegais as gravações feitas pelo ex-secretário de comunicação do município, o jornalista Eleandro Passaia. Varios deles estão recorrendo das cassações baseados nesse entendimento. Se houver reflexo da decisão da segunda turma do TJ-MS sobre a legalidade das gravações feitas pelo jornalista, pode haver uma nova ‘revolução’ na política douradense.
“É preocupante. A fragilidade das gravações nos processos judiciais esta se mostrando grande. A justiça autoriza e a justiça considera ilegal. Estamos à mercê do judiciário”, afirmou um assessor de um dos vereadores da atual legislatura do município
Fonte:Roberto Djalma Barros
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