Hélio Rodrigues | Lutas | 08/07/2012 03h02
Dois anos se passaram após o último duelo entre Anderson Silva e Chael Sonnen e os dois voltaram, na madrugada de sábado para domingo, a proporcionar fortes emoções nos fãs de MMA mundo afora. O primeiro porque provou ser mesmo o maior lutador de todos os tempos do Ultimate Fighting Championship, e o segundo, pela coragem e por ter valorizado - e bastante - a vitória do brasileiro.
Lutando pela honra e para não terem que ouvir os comentários posteriores do rival, os dois entraram no octógono carregados pelas lembranças das provocações e mini-agressões, verbais ou até físicas.
Autorizou o juiz.
No início do combate, Sonnen repetiu a mesmíssima estratégia da primeira luta, de 2010: usar sua especialidade, o wrestling, para derrubar Anderson. Conseguiu um bom double leg e pôs o Aranha de costas para o chão, aplicando-lhe, em sequência, socos não contundentes e alguns "telefones", idênticos aos de outrora. O fato de estar fazendo o que já havia feito antes e pouquíssimos haviam feito no UFC já era motivo para Chael, que fazia a luta da vida, comemorar.
Soou a campainha indicando o fim do round.
Devidamente aconselhados por seus técnicos no corner, os dois retornaram sabendo que precisariam fazer valer suas táticas pré-estabelecidas por meses de treinamento. Sonnen tentou aplicar outra queda em Anderson Silva, que conseguiu manter uma boa base com as pernas, impedindo o golpe-mor do americano. Foi nesta falha que Chael se viu desesperado e tendo que usar a trocação (que não é sua especialidade) com o Spider. Tentou um golpe girado, mas se desequilibrou e caiu. Anderson veio com uma joelhada certeira e a partir daí foi só pancada do campeão mundial dos pesos médios do UFC.
O árbitro interrompeu.
De um modo geral, valeu a coragem de Chael Sonnen de não ter temido o monstro da categoria. Valeu a qualidade de Anderson Silva, que ignorou o oponente quando quis e sua simpatia irônica ao fim da luta, convidando Chael para um churrasco em sua casa.
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