O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse, em entrevista ao jornal “O Globo”, que há uma ação orquestrada para enfraquecer o Supremo e levar o tribunal para a vala comum, além de dizer que o Brasil não é como a Venezuela, onde Hugo Chávez mandou prender um juiz quando foi contrariado.
Segundo Mendes, a conversa com o ex-presidente Lula na casa do ex-ministro Nelson Jobim começou “normal”, até que o ex-presidente insistiu em falar sobre a CPMI de Carlinhos Cachoeira e do poder que tinha. O ministro poderia ser alvo da CPMI devido a uma viagem a Berlim em que se encontrou com o senador Demóstenes Torres.
Sobre o mensalão, o ministro afirma que os dois deram sua opinião. “Ele disse que não achava conveniente o julgamento e eu disse que não havia como o tribunal não julgar neste ano”, conta.
Para Mendes, o julgamento deve ocorrer antes da saída de Carlos Ayres Britto e de Cezar Peluso do STF, já que eles conhecem o processo, e a recomposição “sob forte pressão e tensão” da Corte pode ser “inconveniente”. Ele ainda acredita que as tentativas de cancelar ou retardar o julgamento só o precipitaram.
Sobre a reportagem da revista “Veja”, que divulgou a conversa entre Mendes e Lula, o ministro afirma que foi construída a partir de relatos de várias pessoas, até que ele foi procurado para confirmar a informação.
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