quinta-feira, 11 de agosto de 2011

I Seminário da Economia Solidária aconteceu em Bandeirantes

O Fórum Estadual de Economia Solidária (FEES/MS), através de seu coletivo de formadores, realizou nesta quarta-feira (10) o I Seminário da Economia Solidária em Bandeirantes.

O evento teve como objetivo difundir, fortalecer, consolidar e ampliar a organização da economia solidária no município. O seminário é também um meio de troca de experiências entre os participantes e de direcionamento de informações para que se tornem cada vez mais aptos a realizar ações voltadas para a consolidação da economia solidária.

Fazem parte do movimento da economia solidária a presidente do clube de mulheres artesãs do Barreirão, Maria José dos Santos da Cunha, João Batista Vieira de Almeida (Jaraguari) e Valmir Egino Pereira (Assentamento Vale Verde). Este movimento apóia as ações promovidas e voltadas aos empreendimentos de trabalhadores rurais e urbanos do município, em seus vários segmentos: Gestores Públicos Federais, Estaduais e Municipais, instituições e Fomento a economia solidária, movimentos sociais e público em geral,

A Conselheira Nacional de Economia Solidária e membro da Coordenação Executiva do FEES/MS, Sebastiana Almire de Jesus, debateu sobre a Economia Solidária, seus princípios, diretrizes e histórico organizativo ao FBES, eixos estruturantes e bandeiras do Movimento, estruturação da Central de Comercialização da Economia Solidária e Fundo Solidário.

Segundo a Presidente do Clube de mulheres artesãs do Barreirão, Maria José, há uma central de comercialização da economia solidária em Campo Grande, onde são vendidos os produtos fabricados pelos participantes do projeto, que envolve artesãos, trabalhadores rurais e vários outros setores. “Nós, como membros do Movimento de Economia Solidária, temos a intenção de montar no município de Bandeirantes uma central de comercialização para que nossos artesãos possam vender seus trabalhos aqui na cidade e assim contribuir como fonte de renda para suas famílias”, comentou Maria José.

Durante o encontro também foram expostos alguns produtos feitos pelas mulheres do grupo de artesãs do Barreirão e alguns produtos da central de comercialização da Economia Solidária de Campo Grande.

Participaram ainda do seminário a equipe jurídica do escritório de advocacia do Dr. João Catarino T. Novaes, Drª Kelly Pedra, Dr. Vagner Pedra e Dr. João Cintra - que fazem um acompanhamento jurídico junto aos produtores rurais e estarão percorrendo os assentamentos do município, a secretária de assistência social Geisa Gomes, que presta total apoio através do Centro de Referência de Assistência Social às artesãs do Barreirão, o presidente da Câmara Municipal, vereador Marcio Faustino de Queiroz, e o Policial Civil Judson da Cunha, que também apóia o movimento.

Sobre a Economia Solidária:
A Economia Solidária é um jeito de fazer a atividade econômica de produção, oferta de serviços, comercialização, finanças e/ou consumo baseado na democracia e na cooperação, o que chamamos de autogestão, ou seja, na Economia Solidária não existe patrão nem empregados, pois todos os integrantes do empreendimento (associação, cooperativa ou grupo) são ao mesmo tempo trabalhadores e administradores. A Economia Solidária é também uma forma de estar consumindo (em casa, em eventos ou no trabalho) produtos locais, saudáveis e que não afetem o meio ambiente.

A Economia Solidária não expressa por uma determinada personalidade jurídica e não se restringe a inclusão produtiva, vai além, ao trazer à pauta um desenvolvimento territorial, justo e sustentável, centrado em outro modelo de consumo, produção e comercialização, tanto no meio urbano quanto no rural. Promove novos valores e traz outra referência para o dinheiro e para as finanças, considerando o papel central do trabalho no desenvolvimento do ser humano e na valorização da vida.

“Existem várias cooperativas incluídas na Economia Solidária, como por exemplo: Cooperativa de alimentação, cooperativa de costura, cooperativa de artesanato, cooperativa de agroecológico, cooperativa de recuperação de metalúrgica, cooperativa do ecoturismo solidário, cooperativa da cultura solidária, entre muitos outros”, informou a Conselheira Nacional, Sebastiana de Jesus.
Ass. Comunicação.

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